MOSCOU (Reuters) - A polícia reprimiu neste sábado uma manifestação pelo direito dos homossexuais no centro de Moscou, prendendo cerca de 20 pessoas, incluindo ativistas antigays que atacaram os que protestavam.
Os manifestantes pediram permissão para realizar a parada do orgulho gay, mas as autoridades de Moscou vetaram a solicitação pelo décimo ano seguido, uma atitude que simboliza a hostilidade russa em relação às expressões públicas de suporte aos direitos homossexuais.
Uma lei de 2013 contra a "propaganda" gay também gerou críticas entre ativistas dos direitos humanos na Rússia e no Ocidente. Mas, refletindo a influência da igreja ortodoxa, muitos russos apoiaram a lei ou possuem sentimentos negativos em relação aos gays.
Ativistas deste sábado se encontraram na Praça Tverskaya, perto do centro da cidade, e estavam em minoria em relação aos policiais, que se alinharam na praça e avançaram. "É uma ilegalidade das autoridades russas e de Moscou. O que está acontecendo aqui é totalmente ilegal", afirmou Nikolai Alexeyev, um importante ativista da causa gay na nação, que foi arrastado para um carro de polícia com sangue nas mãos. "Estamos tentando realizar uma ação pacífica de defesa dos direitos humanos." Testemunhas da Reuters viram pessoas contrárias aos gays atacando ativistas pacíficos antes de os grupos serem separados pela polícia.
(Reportagem de Parniyan Zemaryalai)
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