quinta-feira, 9 de abril de 2015

Indonésia adia execuções, incluindo a do réu brasileiro País adiou para depois do Congresso Ásia-África, entre 18 e 24 de abril. São 11 os réus no corredor da morte à espera da execução.


Segundo imprensa local, execução de Gularte poderia ocorrer ainda neste mês (Foto: AFP)Rodrigo Gularte segue no corredor da morte na Indonésia. (Foto: AFP Photo)
Indonésia afirmou nesta quinta-feira (9) que a execução de vários réus condenados por narcotráfico no país, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, será adiada até depois do encerramento do Congresso Ásia-África, previsto para ocorrer entre os dias 18 e 24 deste mês.
"A realização do próximo Congresso Ásia-África é a principal consideração para a suspensão", disse o porta-voz da procuradoria da Indonésia, Tonny Spontana, que afirmou anteriormente que as execuções seriam feitas em abril, informou o jornal "Jakarta Post".
São 11 os réus no corredor da morte à espera da execução, entre eles franceses, filipinos, nigerianos e ganeses. O brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em uma de suas pranchas de surfe.As autoridades do país não querem executar os presos enquanto líderes dos dois continentes estiverem na Indonésia para o evento, que celebra também o 60ª aniversário da Conferência de Bandung.
O governo federal e familiares de Gularte alegam que ele sofre de esquizofrenia, por isso não deveria ser executado.
Apesar dos pedidos de clemência por parte da presidente Dilma Rousseff, do primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, e do presidente da França, François Hollande, o líder indonésio, Joko Widodo, reiterou a firmeza de seu governo contra o narcotráfico e descartou as solicitações.
Em janeiro, a Indonésia fuzilou seis presos acusados de narcotráfico, entre eles Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre o país asiático e o Brasil.
A Indonésia, que retomou as execuções de réus em 2013, mantém 133 prisioneiros no corredor da morte, 57 acusados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes
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