TEN POLIGLOTA 2012 - PMDF - CBMDF |
Posted: 15 Nov 2014 07:52 AM PST
"Não tive moleza em nenhum dia do meu governo. Quando vejo certos comentários, que muitas vezes representam interesses contrariados, é muito doloroso" Agnelo Queiroz
A situação financeira do Executivo local.
Em meio à controvérsia sobre a situação financeira do Executivo local, o governador Agnelo Queiroz (PT) afirma que vai honrar todos os contratos, pagar servidores e trabalhar até o último dia de 2014. Ele garante que deixará as contas em dia e não repassará dívidas ao sucessor, Rodrigo Rollemberg (PSB). Para o petista, é preciso "descer do palanque" e unir esforços em nome da população do Distrito Federal...
Qual é a real situação das finanças do GDF?
Não vou negar que haja dificuldades financeiras, mas isso está ocorrendo em todo o país, com vários governos e, em alguns casos, a situação é muito pior. Todo fim de ano é assim. Estamos honrando os contratos, pagando os salários e trabalhando empenhados em entregar as muitas obras que ainda temos para inaugurar e aumentar a arrecadação para repassar ao meu sucessor uma situação bem mais tranquila do que recebi. Não tive moleza em nenhum dia do meu governo. Quando vejo certos comentários, que muitas vezes representam interesses contrariados, é muito doloroso. Estou com a pela grossa, mas com a consciência tranquila de ter feito o melhor.
O governador eleito, Rodrigo Rollemberg, disse que está preocupado com atraso de salários e de férias dos professores. Há riscos?
Não há risco nenhum. Essa declaração decorre de falta de conhecimento. É hora de descer do palanque e se debruçar na realidade da cidade. Em 2011, paguei a folha do ano anterior, do governo Rosso, aliado do futuro governador. Isso ocorre há 30 anos. Não há excepcionalidade alguma. É importante governar com espírito colaborativo, sem ficar apontando o dedo para os outros.
Houve um grande aumento da folha de pagamentos na sua gestão. O governo reajustou os salários além da capacidade? Há, de fato, um rombo de mais de R$ 2 bilhões nas contas?
De forma alguma. O que fizemos foi valorizar as carreiras, especialmente as de saúde e educação. Corrigimos distorções, fizemos um plano de carreira. Foi um gasto justo. Só se pode falar em deficit depois de 31 de dezembro de 2014. Até lá, o governador é Agnelo Queiroz. Estamos trabalhando e vamos entregar uma gestão sem dívidas, ao contrário do que ocorreu comigo. Paguei dívidas de 2007, 2008, 2009 e 2010. Não recebi uma única obra para tocar. A realidade que deixarei para o novo governo é muito diferente.
Empresas do ramo da coleta de lixo, de transporte e e alimentação em hospitaispararam os serviços. O governo não tinha dinheiro para pagar as faturas?
Se o governo tivesse sido reeleito, isso jamais ocorreria. Atrasos de pagamentos são normais e até previstos nos contratos. O meu governo pagou com muita regularidade os fornecedores. O que houve agora foram atrasos razoáveis, normais. Num estado vizinho, há atrasos de mais de seis meses em pagamentos para a empresa de alimentação para hospitais, mas, como o governador foi reeleito, não há paralisação.
O Tribunal de Contas do DF apontou uma preocupação com os limites de gastos com pessoal. É procedente?
Foi um único conselheiro, que não pode falar pelo tribunal como um todo. Esse senhor (Renato) Rainha age como líder da oposição, dando entrevistas e falando de um balanço financeiro, do último quadrimestre do ano, que ainda nem recebeu. Vou representar contra ele para pedir a suspeição desse conselheiro para julgar as minhas contas.
Fonte: Correio Braziliense - Por ANA MARIA CAMPOS
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