Commodities têm semana de queda, influenciadas pelo petróleo
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 28/11/2014 21:14 Atualização:
Vista de uma plataforma de petróleo em Novo México, nos Estados Unidos, no dia 21 de março de 2012. Foto: © AFP/Arquivos/anewby |
Opep mantém produção
Os doze países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) optaram na última quinta-feira por manter sua produção em 30 milhões de barris diários.
O mercado reagiu nesta sexta-feira com uma queda de mais de 7 dólares em Nova York em relação ao fechamento anterior, no nível mais baixo desde 2010.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em janeiro caiu 7,54 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex) em relação ao último fechamento, na quarta-feira, a 66,15 dólares.
No momento do fechamento em Nova York o barril do Brent em Londres já se encontrava abaixo da barreira simbólica dos 70 dólares, pela primeira vez em quatro anos e meio, e chegou a 69,78 dólares no Intercontinental Exchange (ICE). No fechamento, o barril ficou em 72,32 dólares.
Reunidos em Viena, os ministros da Opep decidiram manter seu teto de produção em 30 milhões de barris diários durante os próximos seis meses, sem que haja redução da oferta para sustentar os preços, que recuaram 35% desde junho.
Diante da queda, alguns países do cartel - entre eles Venezuela- pediram em vão uma redução da produção para voltar a fazer com que os preços subam.
A Venezuela, que conta com as maiores reservas petrolíferas do mundo, obtém do petróleo cerca de 96% de suas receitas, e a queda nos preços ocorre em um momento em que o país se vê golpeado por inflação superior a 60%, escassez de alimentos e uma grave carência de divisas.
No entanto, as "petromonarquias" do Golfo, lideradas por Arábia Saudita e Kuwait, que têm grandes reservas em divisas, se recusaram a cortar a produção. Elas parecem ter um objetivo claro: suportar os preços baixos o tempo necessário para competir com o emergente petróleo de xisto, largamente produzido nos Estados Unidos.
"Hoje há muitos concorrentes, e a Opep produz apenas 30% da produção mundial de petróleo", declarou o ministro kuwaitiano, Ali Omair. "Era inevitável decidir por não cortar a produção, já que uma redução pode ser compensada por outros produtores de fora da Opep", explicou.
METAIS INDUSTRIAIS: os preços dos metais básicos ou industriais caíram influenciados pela queda do petróleo.
"A queda nos preços do petróleo não pouparam os metais usados na indústria", disse uma análise do Commerzbank para clientes.
Nesta sexta-feira, no London Metal Exchange, o cobre para entrega em três meses caiu para 6.427,50 dólares a tonelada, em relação aos 6.739,75 dólares da semana anterior.
O alumínio para três meses caiu de 2.061,25 dólares a tonelada na semana passada para 2.025 dólares.
O chumbo com entrega no mesmo prazo caiu para 2.030 dólares a tonelada; o estanho, para 20.140 dólares; o níquel, para 16.240 dólares a tonelada e o zinco, a 2.221,25 dólares a tonelada.
METAIS PRECIOSOS: o ouro também recuou nesta semana. Na sexta-feira, no London Bullion Market, o preço da onça do ouro caiu de 1.203,75 dólares da semana anterior para 1.182,75 dólares.
A prata caiu de 16,30 dólares para 15,97 dólares a onça.
No London Platinum and Palladium Market, a platina fechou em 1.205 dólares a onça em relação aos 1.230 dólares. Já o paládio teve alta, fechando em 809 dólares, em relação aos 794 dólares.
Açúcar em queda e café em alta
Nesta sexta-feira no LIFFE, o preço da tonelada de açúcar refinado com entrega para março caiu para 413,80 dólares em relação aos 417,50 da semana anterior.
No ICE Futures US, o preço do açúcar sem refino para março caiu de 15,96 centavos de dólar o quilo para 15,91 centavos de dólar.
Mercado de café registrou alta
Nesta sexta-feira no ICE Futures US, o Arábica para entrega em março subiu para 192,80 centavos dólar o quilo, em comparação aos 188,85 centavos na semana passada.
No LIFFE, o Robusta para entrega em janeiro subiu de 2.070 dólares a tonelada para 2.094 dólares.
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