sábado, 29 de novembro de 2014

Tribunal absolve Mubarak por cumplicidade na morte de manifestantes

 
10:53 29.11.2014

Tribunal absolve Mubarak por cumplicidade na morte de manifestantes

ASSOCIATED PRESS2012 - O presidente deposto do Egito Hosni Mubarak é condenado a prisão perpétua pela morte de 850 manifestantes nos protestos que o derrubaram no ano passado.

O Tribunal Penal do Cairo retirou hoje a acusação do antigo presidente egípcio Hosni Mubarak por cumplicidade na morte de manifestantes na revolução que o derrotou em 2011.

O Tribunal também absolveu Mubarak de um caso de corrupção, mas irá permanecer detido uma vez que está a cumprir uma sentença de três anos por um outro caso de corrupção, segundo as agências internacionais. 

Hosni Mubarak chegou hoje de helicóptero ao Tribunal Penal do Cairo para conhecer a sentença do novo julgamento por "cumplicidade" na morte de manifestantes na revolução que o derrotou em 2011.

Num primeiro processo pelos mesmos factos, Mubarak foi condenado a prisão perpétua, mas a sentença foi mais tarde anulada por razões técnicas e o caso novamente julgado. 

A agência oficial de notícias Mena relatou a chegada ao tribunal de Mubarak, de helicóptero, e dos restantes acusados no caso, que já foi denominado de "o julgamento do século".

A leitura do acórdão esteve anunciada para 26 de setembro, mas foi adiada para hoje pelo Tribunal Penal do Cairo.

O juiz Mahmud al Rachidi explicou na altura que só podia verificar 60% da documentação do caso, composto por cerca de 160 mil páginas.

   O ex-ministro do Interior Habib al Adli e altos responsáveis dos serviços de segurança também são julgados pela morte de manifestantes.

Mubarak enfrentava ainda acusações, juntamente com os seus dois filhos, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem, de alegada corrupção e enriquecimento ilícito por exportações de petróleo para Israel a preços supostamente mais baixos do que os de mercado.

  O novo julgamento de Mubarak, relativo às mortes dos manifestantes, começou em 13 de abril de 2013, depois de em janeiro daquele ano um tribunal ter anulado a sentença de prisão perpétua imposta ao ex-presidente Hosni Mubarak.

O antigo presidente, 86 anos, foi julgado juntamente com o seu ministro do Interior, Habib al-Adly, e altos responsáveis dos serviços de segurança do regime.

Segundo um balanço oficial, 846 pessoas foram mortas e milhares feridas durante a revolta de 2011 que pôs fim ao regime de Mubarak. 

   Mubarak está detido num hospital militar do Cairo devido a problemas de saúde.

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