quinta-feira, 27 de novembro de 2014

MERCADOS09:03 Petróleo renova mínimos de quatro anos e já vale menos de 76 dólares

MERCADOS

09:03

Petróleo renova mínimos de quatro anos e já vale menos de 76 dólares

RUI BARROSO
Petróleo renova mínimos de quatro anos e já vale menos de 76 dólares
A Organização de Países Exportadores de Petróleo tem hoje uma das reuniões para definir os níveis de produção. Mas o mercado está a apostar que a entidade não irá decidir cortes de produção para travarem as quedas dos últimos meses.
A Organização de Países Exportadores de Petróleo tem hoje uma das reuniões para definir os níveis de produção. Mas o mercado está a apostar que a entidade não irá decidir cortes de produção para travarem as quedas dos últimos meses.

O preço do barril de ‘brent' desvaloriza quase 3%, de 77,75 para 75,60 dólares, com o mercado a reflectir a possibilidade da OPEP não avançar para um corte de produção. A organização tem hoje uma das reuniões mais importantes dos últimos tempos. Isto depois do preço do ouro negro ter desvalorizado 34% desde o pico anual de 115,06 dólares atingido em Junho.

"Está a aumentar o consenso de que a OPEP não definirá um corte significativo nesta reunião", referiu um analista de mercado citado pela agência Reuters. Apesar da descida do preço da matéria-prima, a OPEP tem estado relutante em cortar a produção devido à concorrência do gás de xisto produzido pelos EUA e que veio aumentar o nível da oferta.

Alguns analistas não excluem a possibilidade do petróleo cair para 60 dólares caso a OPEP não corte a produção de forma significativa nesta reunião. A relutância da organização em diminuir a oferta tem a ver com questões de concorrência.

Para alguns países da OPEP, como a Arábia Saudita, a queda do preço do petróleo é uma forma de penalizar concorrentes como os EUA e o Brasil. Para se extrair petróleo nestas regiões tem de se utilizar tecnologia mais cara que nos países da OPEP, o que só compensa se o preço do ouro negro se situar em níveis elevados.

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