Leilão de energia A-5 contrata toda previsão de demanda, deságio fica em 1,7%
Por Priscila Jordão
SÃO PAULO (Reuters) - O leilão de energia A-5 realizado nesta sexta-feira teve o maior montante financeiro já contratado em leilões de energia nova, movimentando 114,5 bilhões de reais em contratos para fornecer energia a partir de 2019, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O resultado foi obtido apesar de não ter havido venda de energia de grandes usinas hidrelétricas habilitadas, nem de empreendimentos solares.
O leilão negociou um total de 2.742,5 megawatts médios de energia, com preço médio de 196,11 reais por megawatt-hora (MWh) e deságio de 1,72 por cento, segundo dados CCEE.
O presidente do conselho de administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata, ressaltou que foi contratada toda a demanda pretendida a partir de 2019, com fatia de 32 por cento correspondendo a fontes renováveis.
"Toda a previsão de crescimento na demanda a partir de 2019 está contratada... Se porventura o mercado crescer (mais) realizaremos o leilão A-3, em 2016, para contratar", disse Barata.
Trinta e oito empresas fecharam contratos de compra, sendo a Cemig Distribuição a maior compradora, com 13,5 por cento da energia negociada, seguida pela Celpa, com 8,78 por cento. Do lado das geradoras, Tractebel, Copel e Renova estão entre as empresas que venderam eletricidade de projetos termelétricos e eólicos.
A energia térmica vendeu a maior capacidade instalada, de 4.010 MW, com destaque para projetos a gás, que negociaram 3.059 MW, com três empreendimentos vencedores.
A energia de 36 projetos de energia eólica foi vendida, somando 925,95 MW de capacidade instalada, ou 18,59 por cento do total.
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