Vigília na Casa Branca por 43 estudantes desaparecidos no México
Cerca de 60 pessoas realizaram, este domingo, uma vigília junto à Casa Branca para exigir justiça no âmbito do caso dos 43 estudantes desaparecidos, há mais de um mês, no México.
Os participantes, a maioria mexicanos residentes em Washington, cumpriram um minuto de silêncio para "expressar apoio aos familiares das vítimas" que "vivem um calvário", disse a porta-voz dos manifestantes, Francia Rábago, à agência Efe.
Durante a vigília, convocada através do Facebook, foram acesas velas e lidos os nomes dos estudantes da cidade de Iguala, no estado de Guerrero, cujo desaparecimento é atribuído à polícia.
"Não acredito que o Governo do México esteja a fazer todos os possíveis" para esclarecer o caso, sublinhou Francia Rábago, que trabalha como consultora de desenvolvimento internacional.
"É escandaloso que algo do género possa acontecer num país como o México no século XXI", disse a mesma responsável, apelando ao fim da impunidade.
Os manifestantes escolheram a Casa Branca para realizar a vigília porque os Estados Unidos e o resto da comunidade internacional "têm a responsabilidade de intervir para que tudo se esclareça", acrescentou.
A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) pediu, na passada quinta-feira, ao Governo do México para que envide mais esforços para que sejam localizados os 43 estudantes.
Os estudantes foram atacados a tiro, na noite de 26 de setembro, alegadamente por ordens do então autarca de Iguala, José Luis Abarca, e da sua esposa, María de los Ángeles Pineda, que se encontram fugidos, ambos colaboradores dos Guerreros Unidos.
Nessa noite morreram seis pessoas, 25 outras ficaram feridas e os 43 alunos foram detidos por polícias e entregues ao cartel Guerreros Unidos, cujo líder, Sidronio Casarrubias, ordenou o seu desaparecimento crendo que se tratavam de membros dos Los Rojos, um grupo criminoso rival, segundo a investigação.
Apesar de já terem sido feitas mais de meia centena de detenções, incluindo do líder máximo do cartel, e destacados 10 mil agentes para os procurar, permanece desconhecido o paradeiro dos 43 jovens.
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