sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Fernando Baiano presta depoimento na tarde desta sexta-feira em Curitiba.

21/11/2014 06h40 - Atualizado em 21/11/2014 06h40

Fernando Baiano presta depoimento na tarde desta sexta-feira em Curitiba

Lobista deve ser ouvido por policiais federais na Superintendência do Paraná.
Advogado quer acareação entre Baiano e o doleiro Alberto Youssef.

Do G1 PR
Fernando Soares Lemos, conhecido como Fernando Baiano, envolvido na Operação Lava Jato da Polícia Federal (Foto: Reginaldo Teixeira/Veja)Lobista Fernando Baiano está preso desde o
dia 18, em Curitiba (Foto: Reginaldo Teixeira/Veja)
O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, deve prestar depoimento na tarde desta sexta-feira (21), na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso desde terça-feira (18). A informação foi confirmada pelo advogado de Baiano, Ricardo Calil. O defensor não soube precisar o horário, mas acredita que o cliente falará aos policiais federais no início da tarde.
Apontado pelo doleiro Alberto Youssef como operador do PMDB no esquema de corrupção que envolve a Petrobras, Fernando Baiano, na avaliação do advogado Mário de Oliveira Filho, está sendo usado como “bode expiatório” no processo da Lava Jato. Em delação, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa acusou o PT, PMDB e PP de receber dinheiro oriundo de propina – os partidos negam.
Na quarta-feira (19), logo após saber que o depoimento do cliente havia sido transferido para esta sexta-feira, o advogado negou que Baiano tenha a intenção de oferecer uma delação premiada à Justiça. Ele, inclusive, garantiu que quer uma acareação entre o lobista e o doleiro Alberto Youssef. “Uma coisa é ele conhecer um ou outro [do PMDB], que até deve conhecer, mas ter negócios, ser operador, isso aí é o Youssef falando o que quer. Tem que provar. […] Ele conheceu o Youssef, todo mundo conhece, mas não tem negócios. A acareação só depende do delegado”, completou.
Lava Jato
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 24 pessoas foram presas pela PF durante esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária (de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11 suspeitos foram liberados. Outras 13 pessoas, entre as quais Renato Duque, continuam na cadeia.
Veja a lista dos valores bloqueados pela Justiça de cada um dos investigados:
Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS: R$ 46.885,10
Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa: R$ 852.375,70
Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Correa: R$ 463.316,45
Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia: saldo zerado
Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", lobista apontado como operador da cota do PMDB no esquema de corrupção: R$ 8.873,79
Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 22.615.150,27
Ildefonso Colares Filho, ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão: R$ 7.511,80
João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa: R$ 101.604,14
José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS: R$ 52.357,15
José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS: R$ 691.177,12
Othon Zanoide de Moraes, diretor-executivo da Queiroz Galvão: R$ 166.592,14
Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras: R$ 3.247.190,63
Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC: R$ 10.221.860,68
Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior: R$ 700.407,06
Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA: saldo zerado
Walmir Pinheiro Santana, responsável pela UTC Participações: R$ 9.302,59
Empresas:
Hawk Eyes Administração de Bens: R$ 6.561.074,74
Technis Planejamento e Gestão em Negócios: R$ 2.001.344,84
D3TM Consultoria e Participações: R$ 140.140,69
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VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

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