- 14/10/2017
Sob escrutínio das autoridades em muitos países por causa dos crimes revelados na Operação Lava Jato, a Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) encontrou um refúgio para tentar reerguer seus negócios: Angola.
A construtora conseguiu US$ 1,8 bilhão em novas obras no país africano, conforme informação repassada pela Odebrecht a analistas que avaliam o risco de solvência de seus títulos. Procurada, a companhia não comentou o assunto.
As obras em Angola são um alívio para o grupo baiano, que tem dificuldade para obter contratos desde que foi atingido pela Lava Jato. A carteira de novos projetos caiu praticamente pela metade, de US$ 28,1 bilhões em 2015 para US$ 15 bilhões em 30 de junho deste ano.
Angola é um dos poucos países em que a Odebrecht possui uma presença importante mas não é investigada por pagar propina a políticos. A empresa já firmou acordos de leniência com cinco países, incluindo o Brasil, e as investigações prosseguem no Peru, na Argentina, na Colômbia e no México.
O governo angolano, no entanto, não dá sinais de preocupação com os crimes revelados pela Lava Jato. O país, que é muito rico em petróleo, ocupa a 164ª posição entre 176 países no ranking de corrupção da ONG Transparência Internacional.
A Odebrecht chegou a Angola em 1984, apenas cinco anos depois de José Eduardo dos Santos assumir a Presidência. Ele ficou no poder até duas semanas atrás, substituído por João Lourenço, que é do mesmo grupo político.
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Salve Mãe África! Meus respeitos ao Excelentíssimo Sr.
Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.
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