Um dos
principais nomes do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o
ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) falou sobre a
operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro e a política nacional.
Em entrevista à revista Época, o ex-deputado federal afirmou que Moro se considera um salvador da pátria.
“Nós temos um juiz que se acha salvador da
pátria. Ele quis montar uma operação Mãos Limpas no Brasil — uma
operação com objetivo político. Queria destruir o establishment, a elite
política. E conseguiu”, afirmou.
Cunha foi preso em outubro de 2016, por decisão de Moro. O peemedebista, contudo, considera sua detenção um “absurdo”.
“Não me prenderam de acordo com a lei, para
investigar ou porque estivesse embaraçando os processos. Prenderam para
ter um troféu político. O outro troféu é o Lula. Um troféu para cada
lado. O MP [Ministério Público] e o Moro queriam ter um troféu político
dos dois lados. Como [Rodrigo] Janot já era meu inimigo, todos da Lava
Jato estavam atrás de mim.”
Cunha também afirmou que está disposto a fazer
um acordo de delação premiada, coisa que não foi possível até o momento
porque o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot queria usá-lo
para derrubar o presidente Michel Temer (PMDB).
O ex-deputado ressaltou que tem “histórias quilométricas para contar”, mas que não irá confessar crimes que não cometeu. (Sputnik)
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