BRASIL
Cinco analistas políticos ouvidos por EXAME.com apostam que o julgamento sobre a cassação da chapa Dilma-Temer deve ser adiado
5 jun 2017, 06h30
São Paulo – O destino do presidente Michel Temer pode ser decidido a partir desta terça-feira (6) durante o julgamento da chapa que venceu a eleição presidencial de 2014. Se Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir que houve irregularidades no financiamento de campanha, Temer e Dilma Rousseff podem ser cassados.
A única certeza que os analistas políticos e consultorias ouvidos por EXAME.com têm é que, dada a complexidade do debate, o caso não será resolvido nesta semana. Entenda:
Eurasia
A expectativa da Eurasia é de que os ritos do julgamento no TSE sejam cumpridos, mas que os debates tomem muito tempo e a decisão final seja remarcada para o fim do mês.
Em relação ao resultado, a consultoria ainda aposta em 70% de chance de Temer não terminar o mandato, mas admite que a pressão para que ele saia via julgamento no TSE diminuiu.
A Eurasia avalia que há grandes chances de três dos sete ministros do TSE votarem pela cassação (Herman Benjamin, Carmen Lucia e Luiz Fux), e um ser contra (Gilmar Mendes).
Os fiéis da balança, portanto, seriam Napoleão Nunes (que está tendendo a votar contra), Admar Gonzaga e Tarcísio de Carvalho.
Pulso Público
A Pulso Público tem pesado mais, nos últimos dias, a hipótese de o TSE tomar uma decisão favorável a Temer, provavelmente na forma de uma aceitação da denúncia contra a chapa, mas absolvição dos candidatos.
“Qualquer resultado que venha a ocorrer vai ser apertado, seja para cassar a chapa ou absolvê-la. A diferença deve ser de um voto para qualquer um dos lados”, segundo Marcelo Issa, sócio da consultoria.
Prospectiva
A Prospectiva aposta em um pedido de vista ou no prolongamento das discussões nas sessões do TSE nesta semana. De acordo com o analista Thiago Vidal, se isso de fato acontecer, a chance de o Temer permanecer no governo aumenta.
Nesse caso, mesmo que o TSE decida pela cassação futuramente, Temer ainda pode recorrer no STF e alongar sua permanência no governo, o que lhe daria tempo de retomar a governabilidade.
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