sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Youssef e seu 'braço direito' depõem em ação contra ex-deputado Argôlo Audiência, em Curitiba, deve começar por volta das 10h desta sexta (4). À tarde, cinco testemunhas de ação da Odebrecht também serão ouvidas.

Alberto Youssef (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)Alberto Youssef está preso em Curitiba desde
março de 2014 (Gnews)
(Foto: Reprodução GloboNews)
O doleiro Alberto Youssef, que está preso na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e o operador Rafael Ângulo Lopes vão prestar depoimento em uma audiência na Justiça Federal na manhã desta sexta-feira (4) em uma ação penal que envolve o ex-deputado Luiz Argôlo.
Argôlo foi preso na 11ª fase da Operação Lava Jato e está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Rafael Ângulo e o doleiro Youssef são delatores do esquema de corrupção investigado pela  Lava Jato. A audiência está marcada para começar às 10h.
Em um dos depoimentos de delação premiada, o operador declarou que a partir de 2009 passou a viajar frequentemente para entregar dinheiro para vários políticos.De acordo com as investigações, Rafael Ângulo era uma espécie de braço direito de Alberto Youssef e cuidava da contabilidade do doleiro.
Lopez confessou ainda, neste mesmo depoimento, que cabia a ele entregar os valores repassados por Youssef a Argôlo. Os pagamentos, segundo o delator, eram feitos semanalmente, em valores vultuosos, sempre entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Eventualmente, Argôlo recebia mais. Em um dos depoimentos, Lopez disse que levou R$ 600 mil ao ex-deputado.
Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos, segundo as investigações. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dnheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado.
Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da Câmara Federal.
Agenda da tarde
Durante a tarde desta sexta, por volta das 14h, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processo da Lava Jato na primeira instância, também vai ouvir outras cinco testemunhas de acusação em uma ação penal que envolve a construtora Odebrecht, um dos alvos da 14ª fase da Operação Lava Jato, que foi deflagrada em junho deste ano.
Entre os presos desta fase está o réu e presidente da holding Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que também está detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais.
Além disso, às 15h30, o MPF fará uma entrevista coletiva onde deve oferecer novas denúncias referentes a 17ª fase da operação que prendeu, entre outros investigados, o ex-ministro José Dirceu.

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