postado em 10/09/2015 06:05
No início do ano, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou corte de gastos, enxugamento da máquina pública e aumento de impostos. O objetivo era economizar dinheiro e ampliar a arrecadação, a fim de recuperar a saúde financeira do GDF e evitar atraso salarial. As medidas, no entanto, não foram suficientes: o socialista chega ao nono mês de governo devendo benefícios a servidores e com perspectiva de faltar recurso para os vencimentos até o fim de 2015. A parcela do 13º dos aniversariantes de agosto, a licença-prêmio dos aposentados de 2015, as horas extras da Saúde e os acertos com aposentados já estão atrasados. Para piorar, na terça-feira, os principais sindicatos se reuniram na Central Única dos Trabalhadores (CUT) e mandaram um recado direto para o governo: haverá greve geral se as pendências não forem quitadas ou o salário atrasar.
Atolado em dívidas, o Executivo local diz se esforçar para não deixar o pesadelo se tornar realidade. Além de Rollemberg estar com o chapéu na mão atrás de dinheiro federal, ele aposta no aumento de tributos para encontrar a porta de saída da crise. Mas os reajustes têm de passar pela Câmara Legislativa, onde o socialista coleciona derrotas. E agora depende dos distritais para aprovar reajustes na Taxa de Limpeza Pública, na Contribuição de Iluminação Pública e no IPTU. O cálculo no Palácio do Buriti é simples: o ônus por cobrar mais tributos é melhor do que ver a cidade parada.
Atolado em dívidas, o Executivo local diz se esforçar para não deixar o pesadelo se tornar realidade. Além de Rollemberg estar com o chapéu na mão atrás de dinheiro federal, ele aposta no aumento de tributos para encontrar a porta de saída da crise. Mas os reajustes têm de passar pela Câmara Legislativa, onde o socialista coleciona derrotas. E agora depende dos distritais para aprovar reajustes na Taxa de Limpeza Pública, na Contribuição de Iluminação Pública e no IPTU. O cálculo no Palácio do Buriti é simples: o ônus por cobrar mais tributos é melhor do que ver a cidade parada.
O secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Alexandre Ribeiro, ressalta as dificuldades financeiras, mas garante que os benefícios serão postos em dia até o fim do mês (leia Três perguntas para). O subsecretário da Receita, Hormino de Almeida, prefere não comentar se haverá dinheiro em caixa para os salários no fim do ano, mas destaca que a situação é muito ruim e joga a culpa para a gestão passada. “O último governo previu um orçamento para este ano com uma expectativa de aumento de receita de 14%. O acréscimo no primeiro semestre, porém foi de apenas 5,5%. Levando em consideração a inflação, tivemos uma queda real na arrecadação de 2,7%. E isso representa muito dinheiro”, lamenta.
A diretora do Sindicato dos Professores Rosilene Corrêa critica o GDF. “Mesmo quando temos reunião de negociação, eles não trazem nada de concreto. A justificativa é sempre a mesma: a dificuldade financeira. É mais uma tentativa de transferir o prejuízo para o servidor”, diz.
A diretora do Sindicato dos Professores Rosilene Corrêa critica o GDF. “Mesmo quando temos reunião de negociação, eles não trazem nada de concreto. A justificativa é sempre a mesma: a dificuldade financeira. É mais uma tentativa de transferir o prejuízo para o servidor”, diz.
Emendas
O rombo de R$ 3 bilhões que Rollemberg alega ter herdado do mandato passado também agrava a situação da saúde pública. O Buriti recorreu aos distritais para tentar atenuar o cenário. O governo convenceu os parlamentares a destinarem a maior parte das emendas para a Secretaria de Saúde. Calcula-se que a medida pode representar um ganho orçamentário de R$ 346 milhões para a pasta. Não é o suficiente para resolver os problemas dos hospitais, mas se torna uma ajuda e tanto. Ontem, eles aprovaram a modificação na Lei Orgânica autorizando o remanejamento das emendas.
O rombo de R$ 3 bilhões que Rollemberg alega ter herdado do mandato passado também agrava a situação da saúde pública. O Buriti recorreu aos distritais para tentar atenuar o cenário. O governo convenceu os parlamentares a destinarem a maior parte das emendas para a Secretaria de Saúde. Calcula-se que a medida pode representar um ganho orçamentário de R$ 346 milhões para a pasta. Não é o suficiente para resolver os problemas dos hospitais, mas se torna uma ajuda e tanto. Ontem, eles aprovaram a modificação na Lei Orgânica autorizando o remanejamento das emendas.
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