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Orçamento 2016: presidente de CPI quer recursos para centros de zoonoses
Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Maus-Tratos a Animais estiverem na Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses de Brasília (Gevaz) após receber denúncias de irregularidades
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos a Animais, deputado Ricardo Izar, do PSD paulista, quer incluir no Orçamento da União de 2016 recursos para que os municípios melhor capacitem seus centros de zoonoses.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos a Animais, deputado Ricardo Izar, do PSD paulista, quer incluir no Orçamento da União de 2016 recursos para que os municípios melhor capacitem seus centros de zoonoses.
Em visita à Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses de Brasília (Gevaz), nesta quinta-feira (3), deputados da CPI recolheram produtos fora da validade, dentre coleiras contra a leishmaniose e produtos de limpeza usados nos canis.
No canil de isolamento da Zoonoses, os parlamentares observaram que os cães com risco de transmitir doenças contagiosas não recebiam qualquer tipo de tratamento e higienização.
Ricardo Izar acredita que, com mais recursos, a Zoonoses poderá oferecer qualidade de vida.
"Faltam recursos dos governos estaduais e federais, eles não destinam recursos para ter uma condição mínima para os centros de zoonoses poderem operar no País inteiro, e são centros importantes que dizem respeito, inclusive, à saúde humana."
Na Zoonoses de Brasília, os veterinários fazem uma triagem dos animais que recebem. Os casos de doenças contagiosas, como raiva ou leishmaniose, são submetidos à eutanásia, e os cachorros saudáveis ficam em abrigos à espera da adoção.
Para reverter o quadro, Alexandre Serfiotis, do PSD fluminense, vai propor campanha nacional.
"Nós vamos propor também na Câmara – junto à CPI – e ao presidente uma campanha de adoção para esses animais, para conscientizar a população de uma maneira geral. Vamos fazer com que isso mobilize todo o País."
A ida da CPI à Zoonoses foi motivada por denúncias de tortura de animais e despejo de lixo cirúrgico nas proximidades do Hospital da Criança de Brasília, que trata pacientes com câncer. Essas denúncias também levaram um grupo de ativistas à Zoonoses em busca de explicações, dentre eles a jornalista e ativista há mais de 7 anos Carolina Mourão.
"A gente começou a acampar aqui há uma semana, em uma vigília de ativistas que se revezam, por conta de uma denúncia, que já é pública na rede social, de um vídeo de treinamento nos animais por coleta de sangue promovida pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal com pessoas não habilitadas para esse procedimento. Então esses animais sofreram muito e alguns morreram no procedimento. Eles dizem que alguns morreram por leishmaniose e outros foram adotados, mas a gente sabe que não é verdade."
Biólogos da Zoonoses de Brasília, que não quiseram se identificar, admitiram que o trabalho de vigilância poderia ser mais eficiente, com investimentos de modernização. Eles também afirmaram seguir as normas do Ministério da Saúde para controle de doenças que podem ser transmitidas por animais.
Reportagem – Emanuelle Brasil
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