Ilustrações divulgadas nas redes sociais homenageiam Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos que morreu afogado na quarta-feira (2) em Bodrum, na Turquia.
A fotografia que mostra o corpo de Aylan na praia, sendo resgatado por um policial, tornou-se um símbolo da crise migratória na Europa.
Além do menino, um de seus irmãos e sua mãe também morreram no naufrágio. O pai dele sobreviveu e falou sobre a tragédia nesta quinta-feira (3). A fotógrafa que captou as imagenstambém deu um depoimento.
Os desenhos, compartilhados no Twitter e no Facebook, mostram Aylan com asas de anjo ou dormindo em um quarto. Alguns posts foram acompanhados da hashtag #KiyiyaVuranInsanlik (humanidade levada com as águas). Veja alguns deles a seguir.
Pai sobreviveu: 'Meus filhos escorregaram das minhas mãos'
A família de Aylan Kurdi tentava reencontrar parentes no Canadá. O pai das crianças, Abdullah,disse nesta quinta-feira que seus filhos "escorregaram de suas mãos". "Tínhamos jalecos salva-vidas, mas o barco afundou porque várias pessoas se levantaram. Carreguei a minha mulher nos braços. Mas meus filhos escorregaram das minhas mãos", contou ele.
A família de Aylan Kurdi tentava reencontrar parentes no Canadá. O pai das crianças, Abdullah,disse nesta quinta-feira que seus filhos "escorregaram de suas mãos". "Tínhamos jalecos salva-vidas, mas o barco afundou porque várias pessoas se levantaram. Carreguei a minha mulher nos braços. Mas meus filhos escorregaram das minhas mãos", contou ele.
A tia de Aylan, Tima Kurdi, que mora no Canadá desde 1992, declarou nesta quinta-feira (3) que considera o governo canadense "e o mundo inteiro" responsável pela morte de seus familiares. Chorando, ela mostrou fotos dos dois sobrinhos.
A fotógrafa que registrou as imagens do corpo de Aylan na praia da Turquia também falou sobre o caso nesta quinta. Nilüfer Demir disse ter ficado "petrificada" com a cena e contou que também viu Galip, irmão de Aylan, no chão, a 100 metros dali. “A única coisa que eu poderia fazer era tornar seu clamor ouvido. Naquele momento, eu pensei que poderia fazer isso ao acionar minha câmera e fazer sua foto”, afirmou a fotógrafa.
Demir cobre as imigrações na região há 15 anos. “Eu testemunhei muitos incidentes com imigrantes nesta região, suas mortes, seus dramas. Espero que isso agora mude. Fiquei chocada, me senti mal por eles. A melhor coisa a fazer era tornar sua tragédia conhecida.”
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