BRASÍLIA (Reuters) - O Executivo deverá promover um contingenciamento mais "radical" se não conseguir aprovar as medidas provisórias do ajuste fiscal no Congresso Nacional, disse nesta segunda-feira o vice-presidente da República Michel Temer.
Temer, que também cuida da articulação política do governo, vem se reunido com integrantes da base aliada e afirmou já ter pedido a diversos ministros que conversem com parlamentares de seus partidos para garantir a aprovação das duas medidas.
"Se não houver o ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver o ajuste, o contingenciamento será muito menor", disse o vice-presidente a jornalistas, pouco antes de se reunir com lideranças de partidos da base.
"Estou fazendo reuniões com os partidos da base aliada... todos sabemos como é importante, para empresários, para trabalhadores, que nós tenhamos esse ajuste", afirmou.
O Executivo editou no fim do ano passado duas medidas provisórias para ajudar a equilibrar as contas públicas. A MP 664, que altera as regras de acesso a benefícios previdenciários e pode ser votada em comissão mista na terça-feira, e a MP 665, que restringe o acesso a benefícios trabalhistas, e que está pronta para ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
As MPs enfrentam resistências no Congresso, mesmo entre parlamentares da base, e têm recebido críticas de centrais sindicais, pois alegam que mexem em benefícios dos trabalhadores.
UNIDADE
Temer aproveitou para fazer um apelo pela unidade dos partidos da base governista, pedindo diretamente ao PT que vote a favor das medidas
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