Por Rania El Gamal e Reem Shamseddine
DUBAI/KHOBAR (Reuters) - A Arábia Saudita aprovou uma reestruturação da petroleira saudita Aramco, que inclui a separação da empresa do Ministério do Petróleo, informou uma emissora de TV saudita, numa decisão que deve tornar a estatal mais transparente e afastada de influência política.
Não houve indicações na reportagem da emissora Al Arabiya, que cita fontes não identificadas, de que a reestruturação levará a mudanças fundamentais na forma como o maior exportador de petróleo do mundo decide sua política energética.
Representantes da Aramco não puderam ser imediatamente contatados para comentar o assunto, mas o noticiário da emissora Arabiya costuma refletir intimamente o pensamento oficial.
Na quarta-feira, o rei saudita Salman nomeou o então presidente-executivo da Aramco Khalid al-Falih como chairman da estatal e ministro da Saúde.
Nesta sexta-feira, o vice-presidente sênior da Aramco Amin al-Nasser foi nomeado como novo presidente-executivo da petroleira.
Separar a Aramco e o Ministério do Petróleo provavelmente seria apenas o primeiro passo de uma reformulação do setor de petróleo saudita, disseram analistas.
"Esta decisão vai trazer mais flexibilidade à empresa para tomar decisões numa base comercial, e manter o controle financeiro completo", disse Mohammad Al Sabban, um ex-assessor do ministro do Petróleo saudita, Ali al-Naimi.
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