sábado, 7 de outubro de 2017

Procurador que escreveu delação contra Lula foi filmado em escritório da JBS articulando crimes




Da coluna Lauro Jardim no jornal O Globo
O escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe entregou à CPMI da JBS os registros de entrada de Francisco de Assis, ex-diretor jurídico da J&F, e do ex-procurador Marcelo Miller.


No período solicitado, entre 01 de janeiro de 2016 e 21 de setembro de 2017, Assis não compareceu ao local nenhuma vez.
Já Marcelo Miller, antes de ser contratado e receber o crachá autorizando trânsito livre, entrou cinco vezes no edifício onde funciona o escritório.
A primeira vez foi em 13 de fevereiro de 2017, às 09h07. Ficou lá por três horas e sete minutos. Miller esteve ainda no dia 20 de fevereiro às 13h07 e permaneceu por cinco horas e 21 minutos. Foi o encontro mais longo.

Há registro de uma passagem de pouco mais de uma hora no dia 03 de março às 15h11, dias antes de Michel Temer ser gravado por Joesley Batista.
Leia também: Delação de Delcídio pode ser anulada por falta de provas
Dias depois, em 10 de março às 11h19, o advogado volta e permanece no local por quatro horas e 38 minutos.
Os outros registros são de 20 de março às 14h01 e 10 de abril às 12h57.
Marcelo Miller pediu exoneração apenas em 23 de fevereiro e se afastou de fato em 5 de abril. Joesley diz em conversas autogravadas que Miller tinha influência sobre Rodrigo Janot e o ajudou a elaborar o acordo de delação.
(…)
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Marcelo Miller será ouvido pela CPMI da JBS, mas ainda não há data marcada para a audiência.

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