Classificação inclui 41 países da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico; Brasil não está na lista
O Estado de S.Paulo
15 Junho 2017 | 01h08
GENEBRA - Uma a cada cinco crianças nos países ricos vive na pobreza, segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicado nesta quinta-feira, 15, que estabelece uma classificação sobre o bem-estar infantil levando em conta 41 países.
Dois países do norte da Europa - Alemanha e Suíça - lideram em termos de progresso social. Já Romênia, Bulgária e Chile são os últimos da lista, apontando que os três últimos têm renda per capita menor.
Segundo a entidade, a "renda nacional elevada não basta para garantir bons resultados em termos de bem-estar para as crianças", exemplificando com o caso de Estados Unidos e Nova Zelândia, 37º e 34º colocados, respectivamente. A Eslovênia na 9ª posição, supera amplamente países mais ricos em vários indicadores.
Os dez países mais bem classificados são: Noruega, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Islândia, Suíça, Coreia do Sul, Eslovênia e Holanda.
Uma pessoa vive na pobreza quando está em uma família cujos ganhos são inferiores à 60% da renda média nacional.
Como funciona. A classificação inclui 41 países da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e foi elaborada com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 pela Organização das Nações Unidsa (ONU). Alguns deles são a redução da pobreza e da fome e a promoção da saúde, do bem-estar e da educação.
Em média, uma a cada cinco crianças (21%) nestes 41 países de "alta renda" vive na pobreza. Entre os países, no entanto, há dados bastante divergentes. Na Dinamarca e na Islândia, 10% das crianças vivem na pobreza, enquanto na Espanha (16ª posição) o índice é de 30,5%, no México (38º), de 31,6%, e no Chile, de 25,5%.
A obesidade em crianças com idade entre 11 e 15 anos, que "constitui igualmente uma forma de má nutrição", cresce na maioria dos países.
A taxa de mortalidade neonatal (durante as quatro primeiras semanas de vida) foi reduzida nos últimos anos, mas Canadá, Estados Unidos, Chile, México, Bulgária e Turquia ainda apresentam índices superiores à média de 2,8 mortes por mil nascimentos.
Mesmo nos países com os melhores resultados em educação, como Estônia, Japão, Finlândia e Canadá, quase um a cada cinco alunos de até 15 anos não tem um nível de competência mínimo em leitura, matemática e ciências. / AFP e EFE
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