Após os ataques que deixaram pelo menos 129 mortos e 350 feridos em Paris, as identidades das vítimas começam a ser confirmadas. Entre os mortos há pessoas de pelo menos 23 nacionalidades, de acordo com a agência de notícias AFP.
Três brasileiros ficaram feridos, Gabriel Sepe, com tiros nas costas e na perna, Camila Issa, com tiros de raspão nas mãos e pernas, e Daniel Ribeiro, ferimentos leves provocados por estilhaços de vidro. Todos passam bem.
Veja quem são as vítimas:
Djamila Houd, francesa, 41 anos - Era da cidade de Dreux, a 80 km de Paris. O jornal local L'Echo Républicain disse que ela morava em outro lugar mas voltava a Dreux com frequência.
"Com sua morte, toda uma geração de Dreux ficou ferida. Todas as mães de família compartilham a dor da mãe de Djamilla", disse o jornal.
Asta Diakite, francesa - O jogador de futebol francês Lassana Diarra disse em sua conta de Twitter que perdeu uma prima em um dos tiroteios. Segundo o atleta, Asta era como uma "irmã mais velha" para ele.
Diarra estava jogando na partida entre França e Alemanha no Stade de France na sexta-feira à noite. O local também foi cenário de diversos ataques.
Nick Alexander, britânico - Morreu no Le Bataclan, segundo o Ministério de Relações Exteriores britânico e sua família.
Nick era responsável pela venda de produtos da banda de rock Eagles of Death Metal, que tocava no local.
"Nick não era só nosso irmão, filho e tio, mas também era o melhor amigo de todo mundo. Era generoso, divertido e muito leal", disse a família em um comunicado.
"Morreu fazendo o trabalho que amava e nos consola saber o quanto seus amigos em todo o mundo o amavam."
Halima, 37 anos, de origem tunisiana - Um das vítimas do ataque ao café-restaurante La Belle Équipe, na rue de Charonne, que matou 19 pessoas. Ela morreu na hora, deixando dois filhos, de 6 e 3 anos. Sua irmã, Hodda, 35 anos, teria sido gravemente ferida no atentado, segundo sua família. O sobrenome delas não foi divulgado.
Halima, Hodda e um de seus irmãos festejavam com amigos um aniversário. “Minha irmã, como todos os membros da família, era totalmente integrada à sociedade francesa”, diz Bechir, um irmão. “Ela foi morta com todos esses inocentes. Os que fazem isso não podem reivindicar suas ações em nome da religião”, diz o irmão.
Patricia San Martín, de 61 anos, chilena - Trabalhava como produtora de eventos da casa de shows Le Bataclan, onde ocorreu o ataque mais sangrento de sexta-feira.
Uma pessoa próxima à família disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que ela estava com sua filha Elsa Del Palce, de 34 anos e com nacionalidades francesa e chilena, que também morreu no ataque.
Segundo o governo chileno, Patricia seria uma exilada e sobrinha do embaixador do Chile no México, Ricardo Nunez.
Luis Felipe Zschoche Valle, chileno, de 35 anos - Estava no show com a mulher, de nacionalidade francesa. Não há informações sobre ela.
Nohemí González, 23 anos- A estudante de El Monte, Califórnia, também estava entre as vítimas, segundo sua universidade. Ela tinha cidadania dos EUA e do México.
Ela estava em Paris para estudar na Escola de Desenho Strate, em um programa de intercâmbio.
Michelle Gil Jaimes - tinha cidadania mexicana e espanhola. O governador do Estado de Vera Cruz tuitou condolências à família.
O presidente do México, Henrique Peña Nieto, confirmou pelo Twitter a morte de dois cidadãos do país.
"Lamento profundamente o falecimento de duas mexicanas em consequência dos ataques perpetrados ontem em Paris", escreveu, sem dar mais detalhes sobre as vítimas.
Thomas Ayad, de 34 anos, francês - Trabalhava para a gravadora Mercury Records. Estava no show com dois colegas que também morreram.
Em um tuíte, o presidente da Universal Music na França, Pascal Negre, se referiu às duas outras vítimas como Marie e Manu, mas não deu mais detalhes.
Valentin Ribet, francês - A universidade britânica London School of Economics (LSE) confirmou a morte do ex-aluno, que concluiu um mestrado em Direito em 2014.
Segundo seu perfil na rede social LinkedIn, ele era um associado no escritório Hogan Lovells e trabalhava com Direito Penal.
Guillaume B. Decheft, francês - jornalista da revista de rock Les Inrocks. Havia escrito sobre o último disco da banda.
Mathieu Hoche, francês - repórter do canal France 24 TV, morreu no Le Bataclan.
"Dado", francês - no Bataclan também morreu um homem conhecido pelo apelido de "Dado", de 44 anos e original de Ceyrat, segundo o canal France 3. Ele trabalhava para o órgão equivalente à Receita Federal.
Cedric Mauduit, francês - funcionário público da Normandia que estava no local com cinco amigos.
Aurélie de Peretti, francesa, 33 anos, estava no Bataclan, segundo a revistaTimes. "Não consigo acreditar que acabei de perder uma parte de mim", disse sua irmã, Delphine.
Quentin Boulanger, francês, 29 anos - era de Rheims e estava no show do Bataclan.
Lola Salines, francesa - a morte foi confirmada por seu pai no Twitter; ele havia usado a plataforma para tentar localizá-la.
Elodie Breuil, francesa - vítima tinha 23 anos e estava no show com seus amigos.
Alberto González Garrido, espanhol - tinha 29 anos e morreu no Bataclan.
Elif Dogan, 26 anos - seria um dos três belgas mortos nos atentados.
Milko Jozic, 47 anos - também seria uma dos belgas mortos, de acordo com a imprensa local. O Ministério das Relações Exteriores da Bélgica confirmou a morte de três belgas. A outra vítima teria 28 anos, mas sua identidade ainda não foi confirmada.
Valeria Solesin, 28 anos, de Veneza (Itália) - sua família afirma que ela foi morta do lado de fora do Bataclan, mas a morte ainda não foi confirmada oficialmente.
Manuel Dias, português, 63 anos - segundo o governo português, Manuel havia emigrado e vivia em Paris há muitos anos. Foi morto em uma das explosões perto do Stade de France.
Precilia Correia, 35 anos - tinha dupla cidadania portuguesa e francesa. Foi morta no Bataclan com seu namorado francês.
Amine Ibnolmobarak, marroquino, 29 anos - o arquiteto morreu no bar Carillon, de acordo com um jornal do Marrocos. Ele estaria com sua mulher, que foi gravemente ferida.
Outras vítimas
O Ministério de Relações Exteriores da Suécia disse que um sueco morreu nos ataques e que um ficou ferido.
O governo alemão confirmou que ao menos um cidadão do país está entre as vítimas, segundo o jornal Die Zeit.
Dois romenos foram mortos, segundo informou o governo do país à emissora francesa BFM.
Dois argelinos foram mortos, disse a agência oficial APS, citando fontes diplomáticas. As vítimas seriam uma mulher de 40 anos e um homem de 29 anos.
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