domingo, 1 de novembro de 2015

BNDES dribla normas e beneficia amigo do ex-presidente Lula com milhões

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que vai sobreviver aos ataques e à crise que passa o Partido dos Trabalhadores. A declaração foi feita durante a convenção nacional do PT que acontece em Brasília.O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que vai sobreviver aos ataques …
O Banco Nacional do Desenvolvimento concedeu a José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e investigado da operação Lava Jato um crédito de R$ 101,5 milhões. A ação contrariou uma das regras internas da instituição que veta qualquer tipo de empréstimo a empresas que tenham sido falidas frente á Justiça, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
Os créditos foram liberados em julho de 2012, quando a falência de Bumlai já havia sido requerida, devido ao calote de R$ 532 milhões que sua empresa deu em um dos fornecedores. Passados nove meses do pedido de ajuda, a empresa, São Fernando Energia 1, ainda assim precisou entrar na Justiça por não conseguir quitar todas as dívidas que tinha no mercado.
A companhia tem como produto básico a produção de energia proveniente da cana-de-açúcar e faz parte de um grupo de outras cinco empresas, todas pertencentes ao amigo de Lula.
Incluindo os empréstimos anteriores a 2012, o grupo deve cerca de R$ 330 milhões ao BNDES, além de acumular uma dívida total de R$ 1,2 bilhão, que foi a causa da falência. Tanto o banco quanto o acusado negam ter havido qualquer tipo de favorecimento nos créditos.
Em nota, o Banco do Brasil também nega que tenha agido de maneira a burlar a análise financeira da São Fernando Energia: "A operação de julho de 2012 foi efetuada exclusivamente para liquidar crédito contratado junto ao BB em 2010. Não houve qualquer liberação de recursos novos para a Usina São Fernando em 2012".
Lava Jato
O pecuarista José Carlos Bumlai foi citado na delação de Fernando Soares, o Fernando Baiano e de Eduardo Musa. Ele teria sido um dos responsáveis por acertar o pagamento de uma propina fe R$ 5 milhões para o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, além de outros ex-funcionários da estatal.

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