sábado, 10 de outubro de 2015

Por ordem da Justiça, PF prende Wagner Canhedo Filho Empresário é acusado de falsidade ideológica, associação criminosa, fraude a execuções fiscais e lavagem de dinheiro


Bruno Peres/CB/D.A Press

A Justiça determinou a prisão preventiva do empresário Wagner Canhedo Filho. O juiz acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF). Canhedo é investigado por falsidade ideológica, associação criminosa, fraude a execuções fiscais e lavagem de dinheiro. O MPF também pediu que o empresário fique impedido de deixar o país, por conta do risco de fuga “inafastável”. A Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN) estima que o empresário tenha causado um prejuízo de R$ 875 milhões aos cofres públicos. A polícia Federal prendeu o suspeito na manhã desta sexta-feira (9/10).

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 Wagner Canhedo Filho é o principal gestor de um grupo de empresas de hotelaria e transporte. Ele também é o principal dono da Viplan, que lucrou com a concessão de transporte público do Distrito Federal por mais de 40 anos. O Núcleo Criminal do MPF e a Polícia Federal investigam o empresário desde o ano passado. Em maio último, a Justiça expediu vários mandados de busca e apreensão nas empresas do grupo, e determinou o afastamento de gestores do controle administrativo. As investigações chegaram a seis empresas fantasmas usadas para transações financeiras sem que fosse possível que o complexo empresarial cumprisse execuções fiscais. 

A ação não intimidou Canhedo, que transferiu a prática para outras empresas ainda desconhecidas por investigadores. Segundo o documento do MPF encaminhado à Justiça, entre essas empresas está a Cooperativa de Transportes Alternativos e Autônomos do DF (Coota-DF). A informação veio à tona em agosto. No dia 28, Canhedo teria sacado mais de R$ 1,2 milhão de uma conta em nome da Coota-DF, que teve o endereço da sede transferido para o mesmo que consta nas empresas fantasmas. Responsável pela cooperativa, Gilbson Luna Gadelha prestou depoimento à PF e confirmou as suspeitas.

Outros escândalos

Canhedo também é citado na CPI dos Transportes. Conforme divulgado pelo blogCB.Poder, o empresário prestou depoimento à CPI do Transporte Público da Câmara Legislativa em 24 de setembro. Durante a oitiva, ele garantiu aos deputados distritais que haveria um esquema entre o governo e o advogado Sacha Reck. “Só ganhou quem contratou o escritório do Sacha Reck, que trabalhava junto com a Secretaria de Transporte e com a Vice-Governadoria. Se soubesse que precisava contratar Reck, teria feito isso”, declarou. Maria Lúcia Arantes, mulher do empresário e ex-senador Valmir Amaral, também convidado a depor,  compareceu à CPI no lugar do marido e reforçou o discurso de Canhedo.

Com informações da Procuradoria da República no Distrito Federal

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