A falta de verba para a manutenção dos instrumentos, as precárias condições das instalações físicas do local, a falta de pessoal e a questão da enturmação — juntar alunos de níveis diferentes na mesma turma — estão entre os principais problemas apontados pelos frequentadores. De acordo com Izalci, o principal objetivo da mobilização parlamentar é incluir no orçamento investimentos para reforma do espaço e compra de novos instrumentos. “Eu acompanho a situação da Escola de Música desde a gestão passada, e a demanda por reforma é antiga. A posição do secretário de Educação durante a audiência foi favorável às mudanças, mas ainda está em fase de estudo”, afirma.
Com 50 anos de história e reputação de formar musicistas e músicos de excelência, a instituição amarga o sucateamento. “Vou levar à reunião da bancada a questão da reforma, mas estamos preocupados também em manter o padrão reconhecido internacionalmente. Nenhuma mudança no método pedagógico, que é amplamente reconhecido e utilizado pela EMB, pode ser implementada sem discussão com a comunidade musical. A instituição não pode receber o tratamento de uma escola profissionalizante comum”, argumenta Izalci.
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Esforço conjunto
A empresária Núbia Teixeira, 37 anos, tem uma filha de 9 anos no terceiro semestre de musicalização. Ela reclama das dificuldades da instituição e destaca a falta de pessoal, mas reforça a excelência do ensino. Na turma da filha dela, tiveram que fazer a enturmação. Ainda assim, ela elogia o empenho dos professores. “Eles são comprometidos com o ensino.” Núbia mora em Águas Claras e, duas vezes por semana, sai cedo de casa e passa a manhã na EMB para que a filha estude. “É um sacrifício que vale a pena. O investimento é válido, porque a escola é muito boa”, afirma.
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