domingo, 24 de maio de 2015

Facas apreendidas eram escondidas até em quiosque no Rio, diz delegado No total, 34 armas brancas foram encontradas em praça no Subúrbio. Além disso, 49 pessoas foram levadas para averiguações.

Facas foram apreendidas em operação da Polícia Civil no Rio (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Facas foram apreendidas em operação da Polícia Civil no Rio (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
A apreensão de 34 facas em uma praça no Subúrbio do Rio na noite de sexta-feira (22) aconteceu em poucas horas, como explicou o delegado Fabio Pacífico ao G1 neste sábado (23). Segundo ele, as armas brancas eram escondidas no entorno da Praça Nossa Senhora do Amparo, em Cascadura.
"A grande maioria delas estava no fundo da praça sobre telhas de quiosques. Metade delas podemos até entender que seriam utilizadas na alimentação, outras não", disse o delegado da 28ª DP (Campinho).
De acordo com ele, o local foi tomado por moradores de rua nos últimos meses. Entre idosos e até pessoas com problema de sanidade mental, criminosos teriam "se aproveitado da miséria para circular de forma anônima". As armas foram apreendidas após sete casos de esfaqueamento no Rio em uma semana.
A praça no Subúrbio é distante de locais onde foram noticiados os casos de assaltos com arma branca recentes. Embora não haja uma relação entre a apreensão e os assaltos, Fabio Pacífico lembra que os "criminosos circulam" pela cidade.

Na operação, um mandado de prisão foi cumprido contra Marcos Santos Moreira, foragido da Justiça. Outras 49 pessoas foram conduzidas à delegacia para averiguação. A ação foi realizada pela Policia Civil em ação conjunta com a Polícia Militar e Subprefeitura.
A operação contou com equipes da 28ª DP (Campinho), 29ª DP (Madureira), 30ª DP (Marechal Hermes), 40ª DP (Honório Gurgel), além do 9º Batalhão de Polícia Militar, Prefeitura e Comlurb.

Sete facadas em sete dias
Sete pessoas foram esfaqueadas no Rio em sete dias no Rio, sendo três em 24 horas, desde a manhã de sexta-feira (22). Uma chilena levou uma facada no pescoço na Praça Paris, na Glória durante uma tentativa de assalto. À noite, um uma homem, de 36 anos, foi atacado a facadas na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Ele tentou proteger uma jovem, de 21 anos, que estava sendo assaltada em um ponto de ônibus foi ferido. Dois adolescentes suspeitos do crime foram apreendidos.
Na quarta (20), Lorena Tristão, de 31 anos, foi ferida com golpes de canivete nas pernas após assalto em São Conrado. Na noite de terça (19), o médico Jaime Gold, de 56 anos, foi ferido na Lagoa e morreu - na quinta (21) um menor de 16 anos suspeito do crime foi apreendido. No domingo (17), a vietnamita Tran Vu Ha, de 39 anos, foi esfaqueada no Centro do Rio.Já na madrugada de sábado, um homem foi atacado em São Cristóvão, na Zona Norte, também durante um assalto. Alexandre de Lima Ribeiro, de 23 anos, foi esfaqueado na Rua da Igrejinha, que dá acesso à Avenida Brasil. Ele foi atingido no peito por um rapaz que fugiu.

Na madrugada de sexta, no Centro, ofuncionário de uma lanchonete foi rendido por um casal e ameaçado com uma faca. Os assaltantes levaram a carteira, o telefone celular e dinheiro. Rodrigo Feliciano Raimundo, de 28 anos, foi preso.  Ele é um dos atiradores que mataram o cinegrafista da Band Gelson Domingos, em 2011.

Protestos por morte
Um grupo de ciclistas se reuniu na manhã deste sábado, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, para prestar uma homenagem ao médico Jaime Gold, que morreu na quarta-feira (20), após ser esfaqueado em tentativa de assalto no bairro. Eles pediam mais segurança no trânsito e respeito entre as pessoas.
O administrador Wilman Gonzaga é um dos organizadores da manifestação e afirmou que todos os ciclistas estão sangrando com a morte de Gold. "Nós estamos sangrando por dentro, todos os ciclistas estão sangrando. Por isso que estamos aqui hoje nesta manifestação", afirmou.
O padre Cristóvão Sopicki celebrou uma missa campal que contou com mais de 100 ciclistas. Ele afirmou que a conscientização sobre a paz começa dentro de casa. "Nessa celebração eu quero pedir pela paz, entre ciclistas, pedestres. Acabar com a violência não acontece só com a polícia. Acontece dentro de casa também, com a família. Cada um tem que fazer a sua parte, cada órgão tem que querer ajudar da melhor maneira possível", disse.

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