Presidente da Transpetro pede licença após ser citado em delação
Sergio Machado ocupava o cargo na subsidiária da Petrobras há 11 anos.
Ele pediu afastamento nos próximos 31 dias sem receber salário no período.
O presidente da Transpetro, Sergio Machado, pediu licença do cargo na segunda-feira (3). Ele foi citado na Operação Lava-Jato, que investiga desvio de dinheiro público na Petrobras.
O ex-deputado e ex-senador ocupava a presidência da Transpetro, uma subsidiária da Petrobras na área de transporte e logística, há 11 anos. Aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros, ele foi nomeado no início do Governo Lula, em 2003, por indicação do PMDB.
Em nota, Sergio Machado pediu afastamento pelos próximos 31 dias sem receber salário no período e disse que é um gesto de quem não teme investigações. Ele afirmou ainda que tem sido vítima de acusações caluniosas, que serviram para que a auditoria externa PwC, a Price Waterhouse Coopers, apresentasse questionamento no Comitê de Auditoria do conselho de administração da Petrobras.
Segundo relatos internos, a PwC teria condicionado a finalização da auditoria ao afastamento de Sergio Machado. As acusações contra ele foram feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento não sigiloso à Justiça Federal do Paraná. Costa afirmou que recebeu propina das mãos de Sérgio Machado.
Paulo Roberto Costa: Recebi uma parcela da Transpetro. Recebi.
Juiz Sergio Moro: O senhor pode ser mais específico?
Paulo Roberto Costa: Recebi, se não me engano, foram 500 mil reais.
Juiz Sergio Moro: Quem pagou ao senhor?
Paulo Roberto Costa: O presidente da Transpetro, Dr. Sergio Machado.
Sergio Machado afirmou que, com a licença, pretende evitar atraso na divulgação do balanço do terceiro trimestre da Petrobras, que serve para comunicar ao mercado como andam as contas da empresa.
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