América Latina
Argentina: morre gerente de boate onde 194 morreram em incêndio
Condenado a dez anos de prisão , Omar Chabán estava internado em hospital
Vítimas são socorridas após incêndio na boate República Cromãnón, na Argentina (AFP/VEJA)
O empresário argentino Omar Chabán, gerente da boate República Cromañón, de Buenos Aires, na qual morreram 194 jovens em um incêndio em dezembro de 2004, morreu nesta segunda-feira em Buenos Aires, informou a imprensa local. Chabán, de 62 anos, morreu no hospital Santojanni, onde estava internado em tratamento intensivo por um linfoma de Hodgkin no estágio 4.
Devido ao câncer, o administrador da boate obteve o benefício da prisão domiciliar em 2013. Nos últimos meses deste ano, ele esteve internado no hospital fazendo quimioterapia. Em 2009, Chabán foi condenado a 20 anos de prisão por responsabilidade nas mortes. Três anos depois, a setença foi reduzida para dez anos e nove meses.
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Tal como na tragédia de 2013 na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), o incêndio da Cromañón foi provocado pelo acionamento de fogos de artifício durante a apresentação de uma banda. As chamas entraram em contato com o material que revestia o interior da boate, que acabou entrando em combustão. A maioria das vítimas morreu por sufocamento. Outras 1.432 pessoas ficaram feridas.
A tragédia também resultou em outras prisões. Raúl Alcides Villarreal, chefe de segurança e colaborador direto de Chabán, foi condenado a seis anos de prisão. Também foram presos integrantes da banda, o empresário do grupo, o cenógrafo e agentes públicos.
O incidente custou o cargo do prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, que foi cassado no final de 2005 depois de um julgamento político realizado pelo Legislativo da cidade.
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