segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Alckmin diz que São Paulo precisa de R$ 3,5 bi contra crise da água

Por Luciana Lima - iG Brasília  - Atualizada às 
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O governador propôs parceria para oito grandes obras. Já o governo federal espera projetos mais detalhados

Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff, hoje, em Brasília, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) informou que o governo do Estado e o governo federal podem fazer parcerias para resolver a situação hídrica de São Paulo. Ao sair do encontro, no Palácio do Planalto, o governador informou que um grupo de trabalho entre ministros e secretários foi criado e se reunirá no próximo dia 17, no Ministério do Planejamento, para tratar de oito obras com o objetivo de solucionar a crise hídrica em São Paulo. O valor total das obras é de R$ 3,5 bilhões.
Alan Sampaio / iG Brasília
Alckmin diz que São Paulo precisa de R$ 3,5 bilhões contra crise da água

Entre as obras listadas pelo governador estão a Interligação dos reservatórios do Jaguari ao Atibainha; a construção das barragens Pedreira e Duas Pontes, a construção do sistema adutor regional dos rios Piracicaba, Capibaribe e Jundiaí (PCJ), a interligação do Rio Pequeno com a represa Billings (reservatório Rio Grande), a construção de duas estações de reuso para reforço dos sistemas Guarapiranga e Baixo Cotia, a construção de uma adutora emergencial Jaguari-Atibaia para reforço da captação de Campinas, além da construção de 24 poços de afloramento do Aquífero Guarani e a adução para bacias do PCJ.
Da reunião com a presidente Dilma Rousseff também participaram as ministra Miriam Belchior, do Planejamento, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. De acordo com a ministra Miriam Belchior, o governo de São Paulo deve apresentar um projeto mais detalhados sobre cada empreendimento.
“A presidente fez uma série de perguntas a respeito das funções dessas obras e estabeleceu-se uma reunião técnica na próxima segunda-feira, onde o Estado vai apresentar com maior detalhamento cada um dos projetos”, disse a ministra após a reunião.
Represa do Jaguari, na cidade de Vargem, em setembro; veja mais imagens da situação dos reservatórios do Sistema Cantareira. Foto: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem
Alckmin disse que não há mudança no comportamento de seu governo no pedido de ajuda ao governo federal. “Acabou a eleição, a população quer soluções e soluções concretas para seus problemas. Os recursos devem ir para onde há necessidade. Vejo que há na vida pública duas condições importantes para quem é oposição. Dois deveres: divergir e interagir. Divergir naquilo que entendemos que não é adequado, e interagir, principalmente quem é governo”, justificou o governador.
“É nosso dever em uma República Federativa, como é o Brasil, trabalharmos juntos, sermos parceiros. O governo federal, dos estados e dos municípios. O governo é do contribuinte”, ressaltou o governador.
O governador citou parcerias com o governo federal ao longo de seu primeiro mandato. “Ao longo destes quatro anos fizemos inúmeras parcerias com o governo federal e que eu sempre fiz questão de destacá-las. Por exemplo, o Rodoanel Norte, que é obra federal e estadual, nós complementamos em São Paulo o Minha Casa, Minha Vida, através do Casa Paulista. Nós colocamos até R$ 20 mil reais por unidade, a fundo perdido, dinheiro do Estado. Nós tivemos programa na área de trens e metrô, cujo decreto já foi publicado. Nós temos rodoanel, nós temos Ferroanel, nós temos hidrovias Tietê-Paraná”, relatou.
Alckmin voltou a negar que haja racionamento em São Paulo e que há o risco de que falte água à curto prazo. “Não há esse risco. Nós já temos repetido isso desde o início do ano. Nós temos em São Paulo um sistema extremamente forte, entramos na segunda reserva técnica do Cantareira com obras para amanhã. As obras para amanhã já estão sendo feitas”, disse o governador.
“Nós vamos entregar neste mês de novembro mais um metro cúbico por segundo de Guarapiranga , então, mais de 300 mil pessoas saem do Cantareira e passam para o Guarapiranga”, garantiu.
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