- 13/11/2017
Empresário Joesley Batista decidiu colocar à
venda alguns de seus bens. O apartamento de Nova York, na rua 53,
defronte ao MoMA, está avaliado em R$ 45 milhões. O imóvel tem 685 m²
quadrados e cinco quartos.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O
Globo, o empresário também pôs à venda o iate “Why not”, de 30 metros de
comprimento, e sua ilha em Angra. Estima-se que os bens sejam avaliados
em R$ 10 milhões e R$ 25 milhões, respectivamente.
Por Aguiasemrumo:
Romulo Sanches de Oliveira
"Considerações:
Somos todos Joesleys: trouxas que o "sistema" utiliza nas eleições e
depois dispensa.”.
Esse Joesley,
coitado, é um idiota útil e até hoje não entendeu.
Cheio de si, alega
que conhece e se adapta bem ao "sistema".
Não percebeu,
coitado, que foi apenas usado por esse "sistema".
Que foi uma criação
do tal "sistema".
O
"fenômeno" Joesley - que apareceu do nada e meteoricamente se
transformou num dos homens mais ricos do Brasil - foi criado nos anos Lula à
custa de dinheiro do BNDES.
Não percebeu, o pobre
coitado, que estava sendo transformado apenas num operador.
Um doleiro de luxo.
Casou com a moça
bonita da televisão, viveu um período de opulência e glamour, porque precisavam
colocá-lo numa posição acima de qualquer suspeita.
Mas o
"sistema" estava ali, o tempo todo, de olho nele.
Estavam engordando o
porco para depois devorá-lo.
O "sistema",
neste caso, é uma seleção de políticos traiçoeiros que são donos do Brasil há
anos.
Os caciques.
O "sistema"
é suprapartidário.
Todos eles sabiam que
um imbecil feito o Joesley seria importante em algum momento.
O sujeito se
transformou numa caderneta de poupança desses políticos e partidos.
Precisa ajudar o
Lulinha!
Chama o Joesley.
Precisa de dinheiro
para a campanha de fulano!
Chama o Joesley.
Precisa calar a boca
do Cunha!
Chama o Joesley.
Precisa pagar o
advogado do Aécio!
Chama o Joesley.
Joesley era um caixa
eletrônico ambulante de políticos e partidos, recheado de dinheiro nosso - seu
e meu - desviado para inflar suas empresas.
Joesley, que se julga
malandro, foi o otário de plantão para os políticos da velha guarda.
Esses sim, ratazanas
experientes.
Um malandro de
verdade não teria caído nesse conto.
Joesley só percebeu
que era o mais trouxa de todos no começo desse ano, quando a corda começou a
ruir para o seu lado.
Justo ele, que se
imaginava amigo do rei, acima do bem e do mal, com acesso a toda essa
"gente importante" que jamais teria conhecido.
Joesley é um
deslumbrado. O tempo todo fala de suas reuniões com os políticos como se fosse
um igual. Se gaba da Ticiana, deslumbrado que também está de casar com uma
sub-celebridade.
Joesley é isso.
Um ignorante, um
trouxa, um deslumbrado que foi usado pelos políticos experientes até que
percebeu que o "sistema" o tinha expurgado.
Aí começou a gravar
tudo. Até o Temer.
Saiu com seu gravador
vagabundo tentando se munir de provas que pudessem ser negociadas.
Foi então que
encontrou o Janot.
Janot sabia que tinha
os dias contados na PGR.
E sabia quem era o
verdadeiro Joesley.
Sabia que poderia
sair da PGR como o homem que derrubou a República.
Era só fazer Joesley
falar e mostrar suas gravações.
Então fechou aquele
acordo de delação premiada de pai para filho. Joesley abriria o jogo e sairia
livre.
Joesley, claro,
acreditou.
Afinal era o amigo do
rei, o "sistema" veio salvá-lo, pensou.
Janot só não sabia de
duas coisas:
1. Joesley não tem competência para incriminar ninguém. Ao contrário. Só ele se queima, porque o "sistema" é mais esperto. Nem comprar gravador ele sabe. Então o acordo acabou não servindo para nada, a não ser expor a estratégia de Janot e a safadeza de Joesley.
2. Que o
"sistema" está, também, acima dele (Janot) e já havia corrompido até
seu braço direito, Marcelo Miller, que já operava ao lado de Joesley.
O "sistema"
é mais poderoso que Janot, Joesley, você e eu.
O "sistema"
ferrou o Joesley, o Janot e o Marcelo Miller.
E está aos poucos
esvaziando a Lava Jato.
Mas isso a gente
sabia.
E talvez justamente
por isso a gente não bate mais panelas nem sai as ruas.
Inconscientemente
aprendemos que somos todos Joesleys: trouxas que o "sistema" utiliza
nas eleições e depois dispensa.
Só não ficamos ricos,
nem casamos com a Ticiana.
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