- 29/11/2017
Enquanto a cúpula do PMDB fluminense está atrás das grades, deputados aliados aos presos se articularam para ocupar os principais cargos nas comissões da Assembleia Legislativa do Rio que podem ditar tanto o futuro político quanto econômico do estado, além de salvar os mandatos dos detentos, em uma espécie de “operação abafa”.
Ontem, um integrante da chamada “tropa de choque peemedebista”, o deputado André Lazaroni ocupou o cargo de presidente da Comissão de Ética da Casa. Ele já aponta que deve atrasar o pedido da oposição de investigação de atos de corrupção contra os deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo. Supostamente, as ações poderiam resultar na cassação dos mandatos. Os três estão presos e foram acusados de receber propinas de empresários do setor transporte.
“O meu entendimento é que houve um erro da oposição, que não leu o Regimento Interno”, disse Lazaroni, afirmando que o pedido deveria ter sido encaminhado para a Mesa Diretora da Casa, não para a Comissão. Lazaroni é ex-secretário de Esportes de Cabral e secretário de Cultura licenciado de Pezão. A comissão tem até 90 dias para votar o pedido.
Também cabe à Comissão de Ética apurar a conduta dos deputados. Lazaroni já foi alvo de queixa de agressão de sua ex-mulher. Em 2010 a ex-esposa do deputado fez um registro de ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. Em depoimento, ela disse que o deputado jogou um laptop nela, provocando lesões em seu braço, comprovadas em um laudo. No entanto, ao Ministério Público, a suposta vítima contou outra versão e os promotores deram o parecer pelo arquivamento do caso. O arquivamento foi enviado a Lazaroni por Marfan Vieira, então Procurador-Geral de Justiça.
Também ontem, à frente da Comissão de Orçamento foi colocado Gustavo Tutuca (PMDB), que não vai voltar para o cargo de secretário da Ciência e Tecnologia de Pezão. Caberá à comissão a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, cujo o executivo prevê um déficit orçamentário de R$ 10 bilhões. Os deputados já apresentaram 4 mil emendas à LOA, que serão discutidas pela Comissão de Orçamento na próxima terça-feira. Tutuca se avocou também o relator da comissão, algo incomum, segundo deputados. Normalmente, o presidente da comissão indica outro deputado como relator.
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira.
Indivíduo que pratica atividades criminosas com legitimidade
de poder público deveria devolver em dobro tudo que recebeu, sem dó e sem
piedade, inclusive os salários.
A verticalização do crime gera criminalidade com recursos
públicos e todo tipo de problema como estamos vendo. Sou de uma época que o
crime era horizontal, para sair do nada e chegar ao topo não era qualquer um?
Hoje políticos apequenados negociam direto com o poder, ameaçam, roubam,
envolvem pessoas inocentes e graças a Deus temos uma Lava Jato!
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