- 13/11/2017
O Brasil enfrenta sua mais grave crise de valores. Parasitas corroem as bases do Estado Democrático de Direito, tornando inoperantes as instituições da República.
Instituições em frangalhos
As forças armadas ganham destaque na medida
em que todas as demais instituições permanentes apresentam um quadro de
falência operacional. O emprego incorreto de sua estrutura no campo da
Segurança Pública, porém, já cria desgastes desnecessários.
O judiciário enfrenta o opróbrio, não apenas
pela péssima judicatura instalada nos tribunais superiores mas, também,
por ficar cada vez mais evidente constituir-se a Operação Lava-Jato uma
raríssima e cada vez mais isolada exceção…
O legislativo segue pautado pelas listas montadas por delatores de ocasião e o poder executivo arrasta-se no atoleiro fiscal.
Há uma impressão de que após todo o empenho na
busca do impeachment e o esforço da operação Lava-jato, restaram em
vários setores do governo e no parlamento, o que de pior existia na base
de apoio aos petistas, no governo Dilma…
É um choque terrível de realidade: o Estado não nos serve, suas instituições não funcionam e não temos a quem recorrer.
Economia em frangalhos
Os efeitos econômicos e sociais dessa farra imoral invadiram nossos lares.
Trilhões de reais foram perdidos no lixo da
corrupção, na farra do apadrinhamento, na coleção de benesses
auto-atribuídas e no favorecimento aos bancos.
A economia traduziu-se no desemprego, que pode
chegar a duas dezenas de milhões. A classe média está destruída e
empobrecida. Impostos devoram as vísceras de todos os seres que produzem
e a burocracia destrói sonhos e dignidades. Cidadãos morrem aos
milhares, vítimas da guerra civil dissimulada na violência urbana. Para
piorar, ainda suportamos palhaços imbecis filosofarem se devem ou não
conceder porte de arma – garantido pela lei, aos cidadãos de bem.
Há várias imoralidades nessa crise econômica provocada pela imoralidade.
Enquanto a Saúde encontra-se sucateada,
seguradoras desonestas, bancos ladrões, concessionárias de energia e de
telefonia deitam e rolam sobre os pobres consumidores e correntistas. O
alto funcionalismo nababo busca manter seus privilégios às custas do
assalto à poupança popular, depósitos judiciais e fundos de pensão.
Rejeitados de todo tipo despejam seu rancor sobre os cidadãos de bem em
protestos sem sentido.
Há, no entanto, indícios pontuais de reação.
O setor econômico do governo federal, por pura
necessidade, ministra o remédio amargo e necessário para manter viva
nossa economia moribunda. Por meio dele todos nós procuramos curar a
ressaca adquirida após a farra lulopetista.
O ajuste fiscal no Estado busca estancar a
sangria na previdência e o buraco da massa salarial do funcionalismo.
Esbarra, porém, nas benesses autoconcedidas pelos que controlam
juridicamente a administração pública.
Por outro lado, o mercado, a iniciativa privada,
as donas de casa, o pequeno comércio, são exemplo de ajuste financeiro
da conta de supermercado ao lazer, a média de corte no orçamento das
famílias supera, para baixo, qualquer previsão pessimista. A queda é
vertiginosa nos padrões de consumo e poupança.
Todos apertamos os cintos, ao custo de quinze milhões de desempregados. Assamos e comemos – não temos o que guardar.
Hora de resgatar a comunhão nacional
O povo é a razão do Estado, queiram ou não os que dominam a República.
Não há outras instituições confiáveis. TODAS estão absolutamente apodrecidas.
As forças armadas revelam-se, mais uma vez, o
último esteio da república. Junto a elas algumas lideranças despontam no
governo, no parlamento e no judiciário. Sozinhos, porém, os que tentam
manter o país nos trilhos não conseguirão. É chegada a hora de nos
organizarmos para resgatar o país do fracasso.
Estamos todos cientes que o que aí está, não nos serve.
Hora de repensar nossos valores, nossa nação. Resgatar a comunhão
nacional antes que a guerra civil em curso se processe em prol do crime.
Ainda respiramos o regime democrático. Nada
ocorrerá a menos que o povo, a sociedade, se organize e tome para si as
rédeas do governo.
Para tanto, é preciso resgatar os valores da comunhão nacional. A
pluralidade de etnias, de gêneros, de classes e culturas, a
hospitalidade, o bom humor e a tolerância são qualidades reunidas no
cadinho criativo da sociedade brasileira, em contínua ebulição.
Está no nosso inconsciente coletivo: viver sem
medo, sem rancores, sem segregações. Não precisamos de posturas
liberticidas ou “politicamente corretas”.
É preciso resgatar o amor à Pátria, a moral e o civismo. Retomar as
rédeas da civilidade brasileira, da cordialidade e hospitalidade
reconhecida historicamente. Esses valores são tão importantes quanto
nossa histórica e selvagem intolerância contra o mal feito.
O quanto antes devemos extirpar a sensação geral de impunidade. Esse clima é corrosivo. Destrói moralmente o país.
A saída está nos valores mais importantes da cidadania. Responsabilidade e dignidade.
Dignidade é permitir que o cidadão de bem exerça
seu sagrado direito à autodefesa. Terminar com o circo de
arbitrariedades protagonizado pelos palhaços do desarmamento civil é
condição essencial para o resgate da cidadania.
O segundo passo é reposicionar as forças
policiais. Reestruturar a segurança implica, definitivamente em uma
profunda reforma do judiciário. O município deve voltar a ser a
primeira unidade de controle territorial pleno do Estado brasileiro.
Enquanto prefeitos forem tratados como “crianças desobedientes” pelos
estados e união, assim permanecerão.
A carreira mais importante do país é a do
magistério. E a primeira autoridade a ser reconhecida é a do professor
primário. Ou o Poder Público brasileiro se curva ante o professor, ou
continuaremos a produzir néscios para a República…
Sem educação e respeito à ordem, não há cidadania.
Eliminar o lixo, buscar uma nova constituição
Valorizar a pátria, respeitar os valores que importam à sociedade.
Essas tarefas não se coadunam com os escandalosos privilégios
autoconcedidos pelos néscios da República.
Não pode, portanto, haver complacência. Será preciso afastar todos
os privilegiados do serviço ativo e renovar os quadros da alta
administração com gente enquadrada em planos de carreira compatíveis com
a moralidade pública – no judiciário, no legislativo e no executivo.
Hora de remover o lixo e resgatar a república.
Para tanto é necessária uma Nova Ordem Constitucional. É preciso uma nova Assembleia Constituinte.
Porém nada vingará se “cláusulas pétreas” e “princípios” de
ocasião continuarem a servir de pretexto para a judicialização do
processo legislativo. Se assim permanecer, teremos uma batalha campal a
cada emenda proposta na nova assembleia.
Não há dúvida! Possuímos o pior estamento
jusburocrático da história, e ele se empenhará em obstruir qualquer
coisa que reduza seus privilégios.
Portanto, será preciso antes extirpar sem piedade todo o apêndice
parasita da república. Isso só se fará com o resgate firme da autoridade
do governo – com forte apoio popular.
Uma nova constituição só vingará, se for originária. E a razão de uma nova ordem é o povo brasileiro.
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