O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, encaminhou ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes o novo pedido de prisão preventiva feito pela Procuradoria da República contra Rogério Onofre, empresário acusado de receber propina para beneficiar empresas de ônibus no Rio.
Na decisão, o magistrado afirma que o requerimento do Ministério Público Federal aponta que 2 investigados estavam sofrendo graves ameaças do ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários. Onofre e a esposa, Dayse Neves, foram libertados por Gilmar Mendes e saíram da prisão nesta quinta-feira (24).
No novo pedido de prisão, o MPF apresentou um áudio em que o ex-presidente do Detro afirma que “vocês ainda não morreram porque eu quero receber”.
Nuno Coelho e Guilherme Vialle, empresários da construção civil, foram presos por suspeita de lavar dinheiro para Rogério Onofre. Eles foram libertados nesta quinta (24). As defesas sustentam que a liberdade do ex-presidente do Detro implica em ameaça à vida dos 2 e de suas famílias.
No ofício encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, Bretas diz que, embora os fatos expostos sejam gravíssimos, está impossibilitado de analisar a questão, diante do posicionamento adotado pelo ministro do STF. Ele afirma ainda ser altamente recomendável que seja proferida decisão a este respeito.
Na semana passada, uma decisão do ministro libertou o empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira. O juiz Marcelo Bretas expediu um novo mandado de prisão, mas Gilmar Mendes concedeu habeas corpus mais uma vez e disse ainda que “o rabo não balança o cachorro”.
Nesta quinta-feira (24), também foi solto David Augusto Sampaio, policial civil aposentado acusado de fazer parte do esquema. Segundo as investigações, pelas mãos de Onofre passaram pelo menos 40 milhões de reais em propina no esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral.
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