Acordo prevê 90 operações, incluindo 30 pacientes que já estão internados.
Material não foi comprado em 2015 por falta de dinheiro, segundo o GDF.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal decidiu transferir para a rede pública de Goiás 90 pacientes que aguardam cirurgias para implantar próteses no quadril. O governo do DF não conseguiu comprar os materiais no ano passado, por falta de verba, e celebrou convênio com o governo goiano para as cirurgias.
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O "pacote" de 90 procedimentos inclui os prontuários dos 30 pacientes que já estão internados na rede pública à espera das próteses – as outras 60 cirurgias ainda serão definidas. A decisão do Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde foi publicada no Diário Oficial do DF desta segunda (7).
Assinada pelo secretário Humberto Fonseca, a resolução prevê "transferência de até 90 pacientes via Tratamento Fora de Domicílio (TFD) [...] ou transporte de urgência de acordo com o quadro clínico do paciente informado pelos Superintendentes das Regiões de Saúde do Distrito Federal, para realização de cirurgia ortopédica".
O valor do convênio não está estabelecido – segundo a deliberação, as cirurgias devem ser detalhadas ao GDF, que fará o pagamento posteriormente. A expectativa da pasta é de que os procedimentos sejam feitos ainda nesta semana.
Sem próteses
A secretária-adjunta de Saúde, Eliene Berg, afirmou à TV Globo nesta segunda que o edital de licitação para a compra de novas próteses de quadril já foi publicado. A previsão da pasta é que os materiais cheguem ao estoque em até 60 dias. Com isso, as cirurgias no DF só devem ser retomadas no início de 2017.
A secretária-adjunta de Saúde, Eliene Berg, afirmou à TV Globo nesta segunda que o edital de licitação para a compra de novas próteses de quadril já foi publicado. A previsão da pasta é que os materiais cheguem ao estoque em até 60 dias. Com isso, as cirurgias no DF só devem ser retomadas no início de 2017.
Em maio de 2015, a Secretaria de Saúde "encontrou" próteses, pinos, parafusos e marcapassos hospitalares armazenados em hospitais da rede pública. O material era suficiente para 50 anos de abastecimento, mas estava mal armazenado e perto do prazo de validade.
O então secretário de Atenção à Saúde, José Tadeu Palmieri, afirmou à época que o governo tentava combater esse tipo de prática, e classificou o estoque desordenado como "desperdício de dinheiro público".
"O que nós estamos fazendo é procurar uma solução de logística que não permita que isso continue acontecendo. Isso é desperdício de dinheiro público. Faltando tanta coisa, inclusive na área de órtese e prótese, nós não podemos ter itens faltando enquanto tem outros sobrando. Tem que ter equilíbrio nesse sentido", afirmou
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