sexta-feira, 22 de julho de 2016

Tiroteio em Munique deixa 9 mortos; há suspeitos à solta

22/07/2016 13h32 - Atualizado em 22/07/2016 18h47

Polícia suspeita de terrorismo e pediu à população que evite locais públicos.

Número de feridos ainda não foi confirmado.

Do G1, em São Paulo

Um tiroteio deixou 9 mortos e um número ainda indefinido de feridos em Munique, na Alemanha, nesta sexta-feira (22). O tiroteio foi no shopping OEZ (Olympia-Einkaufszentrum).
Testemunhas viram três atiradores com armas de cano longo. "Pelo menos três suspeitos" estão em fuga, disse o ministro do Interior do estado da Baviera Joachim Herrmann. "Não sabemos onde estão os suspeitos. Tomem cuidado e evitem sair em locais públicos", escreveu no Twitter a polícia de Munique.
A polícia investiga se o corpo de um dos mortos, encontrado a 1 km da cena do crime, pode ser de um suspeito. Segundo a emissora alemã BR, ele estava com uma mochila vermelha similar à usada por um dos suspeitos em uma unidade do McDonald’s. Um robô está sendo usado para investigar o conteúdo da mochila.
Um  porta-voz da polícia de Munique disse em entrevista coletiva que não há indicação de terror islâmico e que a polícia está analisando vídeos do tiroteio.
Uma testemunha ouvida pela emissora RTL afirmou que ouviu um suspeito gritar "estrangeiros de merda". Ele estaria com uma bota do tipo militar.
O jornal “Bild” divulgou um vídeo que está circulando pelas redes sociais em que um suspeito aparece no telhado de um prédio, em área de estacionamento. No vídeo é possível ouvir “seus turcos de merda”, segundo o jornalista do “Bild”, Julian Röpcke.
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Um funcionário dentro do shopping disse à agência Reuters por telefone que "muitos tiros foram disparados". Uma atendente de uma farmácia que fica dentro do shopping disse por telefone ao jornal "Süddeutsche Zeitung" que a polícia ordenou que todos os trabalhadores do local fiquem em suas lojas. Ela viu muita correria de clientes e ouviu tiros. Também disse ter visto pessoas feridas.
O ministro das relações exteriores do país, Frank-Walter Steinmeier, disse que o motivo do ataque ainda não foi esclarecido, que há muitas evidencias contraditórias, e que as autoridades estão fazendo tudo o que podem para prevenir outras ameaças.
Pessoas evacuam shopping em Munique, na Alemanha, após tiroteio no local (Foto: AFP)Pessoas evacuam shopping em Munique, na Alemanha, após tiroteio no local (Foto: AFP)
O centro comercial fica perto do Parque Olímpico de Munique, onde aconteceram os jogos de 1972.
Relatos de um segundo foco de tiroteio na praça conhecida como Stachus, no centro de Munique, foram desmentidos pela polícia à imprensa local.
Cidade parada
Autoridades declaram estado de emergência em Munique. O transporte público da cidade está suspenso e o festival de música Tollwood foi cancelado.
O gabinete de segurança do governo alemão terá uma reunião neste sábado para discutir o ataque.
O ministro do interior, Thomas de Maiziere, interrompeu sua viagem de férias para os EUA e está voltando para a Alemanha. Ele estava no voo quando soube do ataque.
A Casa Branca informou que condena fortemente o ataque em Munique. A candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, disse no Twitter que está monitorando a “terrível situação” na cidade alemã.
O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, escreveu no Facebook que “a ascensão do terrorismo ameaça o modo de vida de todos os povos civilizados”. “Nossas orações estão com aquele afetados pelos horríveis ataques em Munique”, afirmou.
Mapa tiros Munique com Earth (Foto: Editoria de arte/G1)
Movimentação em frente a shopping onde houve tiroteio em Munique (Foto: Reprodução/Twitter/Myyra5 )Movimentação em frente a shopping onde houve tiroteio em Munique (Foto: Reprodução/Twitter/Myyra5 )
Policiais protegem a área da estação de metrô Karlsplatz em Munique, na Alemanha, perto do shopping center onde houve um tiroteio (Foto:  Andreas Gebert/dpa/AFP)Policiais protegem a área da estação de metrô Karlsplatz em Munique, na Alemanha, perto do shopping center onde houve um tiroteio (Foto: Andreas Gebert/dpa/AFP)
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