Em depoimento à CPI da Saúde, vice-governador reforçou que, ao tomar conhecimento de um suposto esquema de pagamento de propina, comunicou o caso governador
Em depoimento à comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que investiga supostas irregularidades na Secretaria de Saúde, o vice-governador Renato Santana (PSD) negou que tivesse se reunido para “conspirar” contra o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O diálogo foi gravado pela sindicalista Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde. Na conversa, os dois falam sobre a existência de um esquema de pagamento de propinas que girariam entre 10% e 30% sobre contratos da saúde fechados pela Secretaria de Fazenda.
“Quando eu falo que tem uma pessoa que está fazendo cobrança de 10% eu não estou acusando o secretário de Fazenda nem o governador nem ninguém. Eu não sou denunciante. No dia seguinte, ou uns três dias depois, eu levei ao conhecimento do governador que um grupo de empresários me procurou para denunciar que estavam cobrando propina para o pagamento de dívidas”, disse Santana. Segundo ele, o material detalhando a cobrança foi entregue pelos próprios empresários. Depois, foi passado ao então secretário adjunto da Fazenda João Fleury, atual titular da pasta. Uma cópia foi entregue ao governador.
Renato Santa disse ainda que não tem receio sobre o vazamento de áudios e que não se sentiu traído por Marli, por não ter relação com a sindicalista. “Não tenho receio quanto à gravação. Tenho zero problema com isso. Querem transformar isso em um cenário de conspiração”, afirmou Santana, que completou: “Não marquei reunião com a Marli para conspirar contra ninguém”.
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