Há 2 horas
Um caminhão teria atingido a multidão que participava das celebrações do Dia da Bastilha na França nesta quinta-feira e deixado pessoas mortas na cidade francesa de Nice (Sul da França), segundo a imprensa local.
O incidente teria acontecido durante uma queima de fogos em uma avenida costeira da cidade chamada Promenade des Anglais.
Uma imagem no Twitter mostra cerca de dezenas de pessoas deitadas na rua, alguns já recebendo atendimentos.
A prefeitura local pediu às pessoas da região que ficassem em casa e chamou o incidente de "um ataque".
O prefeito, Christian Estrosi, afirmou que "o motorista de um caminhão aparentemente matou dezenas de pessoas". Ele também postou em seu Twitter que "foi o dia mais dramático da história de Nice com mais de 70 mortos."
Ainda não a confirmação oficial sobre o número de vítimas, mas há informações de que chegariam a 75 mortos, segundo a AFP.
O caminhão teria dirigido por dois quilômetros avançando na multidão, conforme o promotor de Nice Jean-Michel Pretre disse à agência de notícias AFP.
De acordo com Estrosi, o veículo teria sido encontrado com armas e granadas.
Alguns relatos também citaram tiros trocados entre policiais e as pessoas que estariam no caminhão, mas isso não foi confirmado.
Sebastien Humbert, subprefeito do departamento dos Alpes Marítimos, disse a uma TV francesa que o incidente pode ter deixado 100 feridos. Segundo ele, o motorista do caminhão foi morto depois com um tiro.
O Twitter oficial do Ministério do Interior afirmou que o motorista "foi neutralizado" e que a polícia já está investigando se ele agiu sozinho.
Um vídeo que está sendo compartilhado nas redes sociais mostra pessoas correndo nas ruas e o pânico tomando conta da multidão logo após o incidente.
Um repórter do jornal Nice Matin estava na região e relatou que havia "muito sangue e, sem dúvidas, muitos feridos".
Outra imagem publicada no Twitter mostrava o caminhão parado no meio da avenida com algumas partes da frente amassadas e quatro policiais observando enquanto se protegiam atrás de uma árvore.
Um repórter da agência France Presse disse que o incidente ocorreu no fim da queima de fogos: "Nós vimos as pessoas sendo atingidas e pedaços de detritos voando ao redor".
Uma testemunha falou à TV francesa BFM: "Todo mundo estava gritando 'corram, corram, corram, é um ataque, corram'. Nós ouvimos alguns tiros. Achamos que eram os fogos, porque é o 14 de julho."
"O pânico se espalhou. Começamos a correr porque não queríamos ficar ali e entramos em um hotel para ficar em segurança", afirmou.
Roy Calley, que também estava na região na hora do incidente, disse à BBC que "milhares de pessoas estavam lá quando tudo aconteceu".
Outra testemunha, Colin Srivastava, disse à BBC que viu "centenas de pessoas correndo em pânico" no momento do ataque.
"Tentamos perguntar a alguns deles o que estava acontecendo e finalmente um disse: temos que sair daqui, a polícia nos disse para correr."
Solidariedade
Pelo Twitter, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy manifestou sua solidariedade às vítimas. "Emoção profunda e tristeza infinita diante do ataque a Nice. Solidariedade aos habitantes de Nice e dos Alpes-Maritimos."
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o ataque e se solirarizou com a França em comunicado divulgado na noite desta quinta.
"Em nome do povo americano, eu condeno nos mais fortes termos o que parece ser um ataque terrorista horrendo em Nice, na França, que matou e feriu dezenas de civis inocentes", disse.
"Nesse Dia da Bastilha, nos lembramos da resiliência extraordinária e valores democráticos que fazem da França uma inspiração para o mundo inteiro."
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ofereceu todo apoio ao povo de Nice em nome "de todos os parisienses". "Nossas cidades estão unidas".
Comoção
Nas redes sociais, as pessoas já começaram a manifestar comoção pelo incidente. No Twitter, a hashtag "Pray For Nice" (Rezem por Nice) já domina os Trending Topics e é a mais compartilhada no momento.
As pessoas também estão utilizando a hashtag "Portas Abertas Em Nice" (#portesouvertesNice) para indicar locais para onde as pessoas podem ir para ficar em segurança, assim como aconteceu no ataque a Paris em novembro do ano passado.
Outros vídeos e imagens fortes das vítimas na Promenade têm sido publicados nas redes sociais, e a Secretária de Estado Juliette Meadel já fez um apelo para que as pessoas parassem de compartilhá-los em respeito aos mortos e a seus familiares.
Também pelo Twitter, o presidente interino, Michel Temer, manifestou solidariedade pelos franceses.
"É lamentável que no dia que eternizou a fraternidade como lema do povo francês, um atentado destrua a vida de tantos cidadãos", escreveu o peemedebista.
Temer ainda divulgou uma nota oficial sobre o incidente. "Os assassinos não conseguirão seu intento. Muito ao contrário, apenas reforçarão os laços entre países livres, que buscam a igualdade de condição entre as nações do mundo. E a fraternidade continuará a guiar nossos povos. Hoje, mais do que nunca, somos todos franceses. Irmãos na dor e solidariedade a todos os mortos e feridos, suas famílias e amigos. O Brasil se une a todos que desejam e lutam pela paz e harmonia no mundo. Estamos juntos contra a intolerância e a barbárie."
A presidente afastada Dilma Rousseff também prestou sua solidariedade pela rede social. "Neste momento de dor, manifesto minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas, ao presidente @FHollande e ao povo francês. Repudiamos com veemência o terrorismo".
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