Enquanto manipula a delação para tentar insuflar golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, a imprensa deu pouco destaque ao trecho do depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, que cita um esquema feito durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardozo.
Segundo Cerveró, o lobista Fernando Soares e o ex-senador Delcídio do Amaral, que na época era filiado ao PSDB e por isso indicado para ocupar o cargo de diretor de Petróleo e Gás da Petrobras, queriam que a empresa Union Fenosa fechasse contrato com a Termoelétrica do Rio (Termorio), para atuar no programa criado por FHC de abastecimento de energia por termoelétricas.
Cerveró diz que atuou para que a empresa de Paulo Henrique Cardoso fechasse o contrato, após a orientação de Reichstul. Na ocasião, Cerveró era subordinado a Delcídio, na Diretoria de Petróleo e Gás, mas havia sido incumbido da negociação.
“Cerveró recebeu Fernando Soares e os dirigentes da Union Fenosa. Eles acreditavam que o negócio estava fechado, mas souberam que ele havia sido fechado antes com a empresa PRS Participações, vinculada ao filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso. O negócio havia sido fechado pelo próprio Cerveró por orientação do então presidente da Petrobrás Philippe Reichstul”, diz trecho da delação.
Segundo o depoimento do ex-diretor da Petrobras, Delcídio do Amaral e Fernando Soares ficaram contrariados por perderem o negócio.
“Cerveró conta que Fernando Soares e os dirigentes da Union Fenosa ficaram muito surpresos. Cerveró afirma que Delcídio não sabia que o negócio havia sido fechado com o filho de FHC e que Delcídio também ficou contrariado com a situação. O negócio acabou sendo aprovado, inclusive com voto de Delcídio”, disse a delação.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
Nenhum comentário:
Postar um comentário