À polícia, suspeito citou assessor, mas não presidente da Alesp, diz advogado.
'Português' foi um dos dois soltos nesta quinta-feira (31); seis estão presos.
Ex-funcionário da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e apontado como lobista em fraudes da merenda escolar em todo o Estado, Luis Carlos da Silva Santos citou o envolvimento de assessores do deputado estadual Fernando Capez no esquema, mas não acredita na participação direta do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), mencionado anteriormente nas investigações.
Santos, que prestou depoimento nesta quinta-feira (31) à Polícia Civil de Bebedouro (SP), é um dos dois que foram soltos pela Justiça no mesmo dia, dentre os sete presos esta semana na segunda fase da Operação "Alba Branca".
Agora, seis permanecem detidos, incluindo o empresário Marcel Ferreira Julio. Foragido desde a primeira fase e apontado como operador do esquema, ele se apresentou à Polícia Civil durante a tarde e alegou inocência.
Depoimento
Em depoimento na Delegacia Seccional de Bebedouro, Santos, também conhecido como "Português", disse que em certa ocasião foi solicitado pela direção da Coaf a buscar em São Paulo um veículo emprestado há um ano a um comissionado de Capez chamado Jeter, afirma o advogado de defesa César Andrade Correia.
Em depoimento na Delegacia Seccional de Bebedouro, Santos, também conhecido como "Português", disse que em certa ocasião foi solicitado pela direção da Coaf a buscar em São Paulo um veículo emprestado há um ano a um comissionado de Capez chamado Jeter, afirma o advogado de defesa César Andrade Correia.
"Português era subordinado. Isso ficou muito evidente no depoimento que ele prestou aqui a título de colaboração. Nesse depoimento ele cita que foi solicitado, a título dessa subordinação toda que tinha na Coaf, a buscar um veículo emprestado pelo presidente da Coaf na cidade de São Paulo. Ele havia ouvido dentro da Coaf que esse veículo estava emprestado a um assessor do Fernando Capez, o Jeter, para uso pessoal", diz.
De acordo com ele, o nome completo do assessor não foi mencionado no depoimento.
O ex-funcionário da Coaf não associa o fato narrado ao presidente da Alesp, segundo o advogado.
Operação 'Alba Branca'"Com relação ao Fernando Capez ele não tem como afirmar nada, mesmo porque ele não teve contato algum com Fernando Capez. Por parte do Português, acredita-se até que ele não tenha envolvimento algum com isso e sim os assessores", afirma.
O esquema começou a ser investigado no ano passado. Em 19 de janeiro, seis suspeitos, entre eles dois ex-presidentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), principal investigada no caso, foram presos. Após acordo de delação, todos foram soltos e respondem ao processo em liberdade.
Na última terça-feira (29), durante a segunda fase da operação, outros sete suspeitos de envolvimento no esquema foram presos em Bebedouro, Barretos (SP), Severínia (SP), Campinas (SP) e na capital paulista:
- Sebastião Misiara, presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp)
- Leonel Julio, ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp)
- Emerson Girardi, ex-vendedor da Coaf
- Aluísio Girardi Cardoso
- Joaquim Geraldo Pereira da Silva
- Carlos Eduardo da Silva, ex-diretor da Coaf
- Luis Carlos da Silva Santos
- Leonel Julio, ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp)
- Emerson Girardi, ex-vendedor da Coaf
- Aluísio Girardi Cardoso
- Joaquim Geraldo Pereira da Silva
- Carlos Eduardo da Silva, ex-diretor da Coaf
- Luis Carlos da Silva Santos
Além de Santos, Carlos Eduardo da Silva também foi solto nesta quinta-feira.
Propinas
Segundo o promotor Leonardo Romanelli, a Coaf assinou ao menos R$ 7 milhões em contratos com 21 prefeituras, entre 2014 e 2015, para o fornecimento de alimentos e sucos destinados à merenda escolar.
Segundo o promotor Leonardo Romanelli, a Coaf assinou ao menos R$ 7 milhões em contratos com 21 prefeituras, entre 2014 e 2015, para o fornecimento de alimentos e sucos destinados à merenda escolar.
O golpe pode ter desviado até R$ 2 milhões em comissões e propinas a lobistas e servidores públicos quase sempre em dinheiro, que variavam entre 10% e 30% do valor total de cada contrato, informou o representante do Ministério Público.
Por
Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Todo esse
mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da
putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar
concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses
pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades
enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma
seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a
tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados,
a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de
ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a
todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.
“Provérbios
12,34. A Justiça faz a grande a Nação, o pecado é a vergonha dos povos.”
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