quarta-feira, 27 de abril de 2016

Inquérito aberto sobre Cunha também investiga André Esteves Esteves foi preso em novembro do ano passado, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato ao se associar com o senador Delcídio Amaral

REUTERS/Denis Balibouse


Um dos novos inquéritos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abertos recentemente no Supremo Tribunal Federal, também investiga o dono do banco BTG, André Esteves. O caso está sob sigilo, mas os crimes investigados são de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A abertura desse e de outro inquérito contra Cunha foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no último 18 e autorizados pelo ministro do STF Teori Zavascki na segunda-feira, 25.

Ainda não está claro por que Cunha e Esteves estão sendo investigados no mesmo inquérito. Até agora, o presidente da Câmara responde a cinco processos no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato. Em um deles, o peemedebista foi transformado em réu pela Corte.

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Esteves foi preso em novembro do ano passado, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato ao se associar com o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Por conta desse episódio, o banqueiro já responde a um inquérito no Supremo. Ele, no entanto, ficou menos de um mês na cadeia, e nesta segunda, Teori decidiu revogar a prisão domiciliar e suspender as demais medidas cautelares impostas contra ele.

Em sua decisão, o ministro definiu que Esteves terá que se apresentar à Justiça sempre que for intimado, que ele está proibido de manter contato com os demais investigados e que só poderá viajar ao exterior a trabalho, por um período menor que uma semana e terá que comunicar o deslocamento às autoridades competentes.

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