e de ataques deixou dezenas de mortos em Paris na noite desta sexta-feira (13/11). Bombeiros falam em 35 vítimas nas ruas da cidade, e o vice-prefeito mencionou 118 assassinatos dentro da casa de espetáculos Le Bataclan. As ações teriam relação com terroristas islâmicos. A capital francesa decretou toque de recolher. O Exército ocupa as ruas da cidade e todos os hospitais estão de prontidão.
Outro ataque, com tiros de metralhadora que partiram de um carro, ocorreu na porta do restaurante Petit Cambodge, no 10º bairro (arrondissement) de Paris. Também houve relatos de tiroteios no shopping Les Halles, próximo ao cemitério Père-Lachaise, e perto do centro cultural Georges Pompidou.
Le BataclanNo Le Bataclan, um primeiro ataque teria começado no exterior do teatro, no bar Le Carillon, onde, segundo testemunhas, entraram cinco ou seis atiradores, sem máscaras, que começaram a atirar.
Dentro do teatro, pelo menos três homens fortemente armados fizeram reféns. Na hora da invasão, a banda Eagles of Death Metal se apresentava no local.
Um dos reféns enviou mensagens no Twitter informando que os terroristas estavam matando as pessoas dentro da casa de shows, e pedia que a polícia invadisse o local. Outra testemunha relatou que ouviu os captores, que seriam extremistas islâmicos, gritando as palavras “Iraque”, “Síria” e “vingança”.
Agentes de segurança invadiram o teatro e os primeiros relatos informam cerca de 100 reféns foram assassinados dentro do teatro. Dois terroristas teriam sido mortos e um policial, ferido.
Terroristas jovensO diário francês Libération reproduziu o testemunho de Julien Pearce, jornalista da Europe 1, que estava no Bataclan quando começou o tiroteio.
“Vários indivíduos armados entraram no concerto e dois ou três de rosto descoberto começaram a disparar com armas automáticas de tipo Kalachnikov [rifle de assalto semi ou totalmente automático de fabricação russa conhecido como AK-47] ao acaso sobre a multidão”, relatou.
Julien Pearce estima que o ataque tenha durado “entre 10 e 15 minutos”, destacando que “foi extremamente violento e houve pânico”. Ele detalhou ainda que “os terroristas tiveram tempo de recarregar as armas pelo menos por três vezes”, que “não estavam mascarados” e “eram muito jovens”.
EstádioAntes, foram registradas três explosões ao redor do Stade de France, estádio de futebol de Paris, onde ocorria um amistoso entre a seleção da França e a da Alemanha. Uma delas teria sido deflagrada por um homem-bomba. O presidente François Hollande teve de ser retirado por razões de segurança, mas os torcedores foram mantidos dentro da arena.
Em pronunciamento oficial, François Hollande disse que determinou o fechamento das fronteiras da França e anunciou que o país vai caçar todos os envolvidos com os atos terroristas. “Frente ao terror, a França tem que ser forte”, disse o presidente, que convocou uma reunião emergencial na manhã deste sábado (14).
Brasileiros feridos
Dois brasileiros se feriram, segundo o Itamaraty. De acordo com a embaixadora brasileira Maria Edileuza Fontenele Reis, eles foram submetidos a cirurgias. A diplomata disse ainda que uma é estudante e foi baleada na mão. O outro é um arquiteto que levou três tiros e, até a última atualização desta reportagem, estava em estado grave.
Dois brasileiros se feriram, segundo o Itamaraty. De acordo com a embaixadora brasileira Maria Edileuza Fontenele Reis, eles foram submetidos a cirurgias. A diplomata disse ainda que uma é estudante e foi baleada na mão. O outro é um arquiteto que levou três tiros e, até a última atualização desta reportagem, estava em estado grave.
Cerca de 70 mil brasileiros vivem no país europeu, a maioria em Paris. Segundo o governo brasileiro, o consulado e a Embaixada Brasileira na cidade estão de plantão e acompanham os desdobramentos do caso.
Autoridades lamentam
A presidente da República, Dilma Rousseff, manifestou há pouco, por meio de sua conta no Twitter, a sua indignação com os ataques terroristas que deixaram pelos menos 40 mortos em Paris. “Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês”, disse.
A presidente da República, Dilma Rousseff, manifestou há pouco, por meio de sua conta no Twitter, a sua indignação com os ataques terroristas que deixaram pelos menos 40 mortos em Paris. “Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês”, disse.
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladmir Putin, também manifestaram solidariedade aos franceses. Os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, e do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmaram estar “profundamente horrorizados” com os ataques de Paris.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), telefonou para o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, para manifestar pesar e prestar solidariedade. O Batalhão Rio Branco, da Polícia Militar, intensificou o policiamento em torno da embaixada francesa. “Expresso minha solidariedade às vítimas, familiares, amigos e ao povo francês”, disse Rollemberg.
Estado Islâmico
Contas do Twitter ligadas a militantes jihadistas celebraram os ataques em Paris, informou o grupo de Inteligência SITE, que rastreia militantes extremistas na internet. Segundo o site, terroristas do Estado Islâmico assumiram a autoria dos ataques.
Contas do Twitter ligadas a militantes jihadistas celebraram os ataques em Paris, informou o grupo de Inteligência SITE, que rastreia militantes extremistas na internet. Segundo o site, terroristas do Estado Islâmico assumiram a autoria dos ataques.
Outro atentado terroristaEm janeiro deste ano, um atentado terrorista atingiu o jornal satírico Charlie Hebdo, também em Paris. Doze pessoas foram mortas e cinco ficaram gravemente feridas. Entre os mortos, estavam os chargistas Wolinski, Charb, Cabu e Tignous. Radicais islâmicos foram responsáveis pela ação.
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