Se na semana passada a expectativa era de possíveis acordos entre servidores e governo, ontem a realidade se mostrou pela manutenção e pelo início de outras greves no Distrito Federal.Pela manhã, funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) votaram pela paralisação, avisada pela categoria em 3 de novembro. Na Praça do Buriti, professores decidiram manter os braços cruzados. Além disso, os metroviários seguem com a suspensão parcial dos serviços, sem sinal de acordo. Em assembleia realizada ontem à noite, os médicos também decidiram manter a greve, que dura 33 dias.
Logo cedo, os funcionários da CEB se reuniram em frente ao prédio da empresa, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
Logo cedo, os funcionários da CEB se reuniram em frente ao prédio da empresa, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
Sem entendimento com a diretoria, os trabalhadores decidiram iniciar a greve, suspendendo trabalhos rotineiros agendados, como ligação de luz de novas residências. Atividades de emergência, como atendimento a hospitais e escolas, seguem normalmente. As principais reivindicações são reajustes salariais e benefícios, que, segundo as lideranças do movimento, foram retirados. “A proposta que nos foi apresentada não prevê qualquer reajuste nem ao menos cobrindo a inflação. Além disso, conquistas como auxílio-creche seriam canceladas”, reclama Alairton Gomes, diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF).
Outras classes iniciaram a semana com a manutenção das paralisações. É o caso dos professores, que fizeram assembleia na Praça do Buriti, também pela manhã. Cerca de 6 mil docentes, segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), votaram pela continuidade da suspensão de aulas, iniciada em 15 de outubro. Eles ainda aproveitaram a reunião para contestar a orientação da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), que sugeriu ao governo que cortasse o ponto dos grevistas. “Caso não haja abono nos dias de greve, não teremos como repor as aulas, e 2015 terminará sem a conclusão do ano letivo. Isso não pode acontecer”, afirmou Cléber Soares, diretor do Sinpro.
Outras classes iniciaram a semana com a manutenção das paralisações. É o caso dos professores, que fizeram assembleia na Praça do Buriti, também pela manhã. Cerca de 6 mil docentes, segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), votaram pela continuidade da suspensão de aulas, iniciada em 15 de outubro. Eles ainda aproveitaram a reunião para contestar a orientação da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), que sugeriu ao governo que cortasse o ponto dos grevistas. “Caso não haja abono nos dias de greve, não teremos como repor as aulas, e 2015 terminará sem a conclusão do ano letivo. Isso não pode acontecer”, afirmou Cléber Soares, diretor do Sinpro.
Os manifestantes marcharam para a frente do prédio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), interditando as vias do Eixo Monumental. Houve congestionamento. A intenção era conversar com integrantes do órgão e entregar uma carta aberta de repúdio à orientação da Proeduc. Como não havia representantes do MPDFT no local, a reunião ficou para um outro dia. Nesta terça-feira, representantes dos professores se encontrarão com membros do governo para uma nova rodada de negociações. Os resultados serão apresentados em assembleia, amanhã.
Metroviários
As negociações também não avançaram entre metroviários e a diretoria da empresa. No domingo, os trabalhadores votaram pela permanência da greve e entregaram uma contraproposta. Querem a garantia de convocação dos aprovados no concurso realizado no ano passado e o cumprimento do acordo coletivo, de abril, que prevê o pagamento do reajuste salarial, com a reposição da inflação, de 8,4%.
Mas alguns dos pontos reivindicados são considerados improváveis para a empresa devido à falta de recursos financeiros, como aumento no tíquete-alimentação e reajuste. A contratação de concursados, requisitada pelo SindMetrô, também não foi acatada. O Tribunal Superior do Trabalho divulgou ontem que mantém a decisão que suspende a obrigação de convocar os aprovados de forma imediata.
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