terça-feira, 10 de novembro de 2015

Funcionários da CEB começam a semana com greve de serviços rotineiros Professores realizam outro protesto e seguem de braços cruzados, assim como médicos e metroviários

Se na semana passada a expectativa era de possíveis acordos entre servidores e governo, ontem a realidade se mostrou pela manutenção e pelo início de outras greves no Distrito Federal.Pela manhã, funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) votaram pela paralisação, avisada pela categoria em 3 de novembro. Na Praça do Buriti, professores decidiram manter os braços cruzados. Além disso, os metroviários seguem com a suspensão parcial dos serviços, sem sinal de acordo. Em assembleia realizada ontem à noite, os médicos também decidiram manter a greve, que dura 33 dias.
Logo cedo, os funcionários da CEB se reuniram em frente ao prédio da empresa, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).

Sem entendimento com a diretoria, os trabalhadores decidiram iniciar a greve, suspendendo trabalhos rotineiros agendados, como ligação de luz de novas residências. Atividades de emergência, como atendimento a hospitais e escolas, seguem normalmente. As principais reivindicações são reajustes salariais e benefícios, que, segundo as lideranças do movimento, foram retirados. “A proposta que nos foi apresentada não prevê qualquer reajuste nem ao menos cobrindo a inflação. Além disso, conquistas como auxílio-creche seriam canceladas”, reclama Alairton Gomes, diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF).

Outras classes iniciaram a semana com a manutenção das paralisações. É o caso dos professores, que fizeram assembleia na Praça do Buriti, também pela manhã. Cerca de 6 mil docentes, segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), votaram pela continuidade da suspensão de aulas, iniciada em 15 de outubro. Eles ainda aproveitaram a reunião para contestar a orientação da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), que sugeriu ao governo que cortasse o ponto dos grevistas. “Caso não haja abono nos dias de greve, não teremos como repor as aulas, e 2015 terminará sem a conclusão do ano letivo. Isso não pode acontecer”, afirmou Cléber Soares, diretor do Sinpro.

Os manifestantes marcharam para a frente do prédio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), interditando as vias do Eixo Monumental. Houve congestionamento. A intenção era conversar com integrantes do órgão e entregar uma carta aberta de repúdio à orientação da Proeduc. Como não havia representantes do MPDFT no local, a reunião ficou para um outro dia. Nesta terça-feira, representantes dos professores se encontrarão com membros do governo para uma nova rodada de negociações. Os resultados serão apresentados em assembleia, amanhã.

Metroviários
As negociações também não avançaram entre metroviários e a diretoria da empresa. No domingo, os trabalhadores votaram pela permanência da greve e entregaram uma contraproposta. Querem a garantia de convocação dos aprovados no concurso realizado no ano passado e o cumprimento do acordo coletivo, de abril, que prevê o pagamento do reajuste salarial, com a reposição da inflação, de 8,4%.

Mas alguns dos pontos reivindicados são considerados improváveis para a empresa devido à falta de recursos financeiros, como aumento no tíquete-alimentação e reajuste. A contratação de concursados, requisitada pelo SindMetrô, também não foi acatada. O Tribunal Superior do Trabalho divulgou ontem que mantém a decisão que suspende a obrigação de convocar os aprovados de forma imediata.

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