Ativistas se reuniram na tarde deste sábado (23) no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para a 8ª Marcha da Maconha, em defesa da legalização da droga. Por volta das 16h20, os manifestantes bloquearam e seguiram em caminhada pelo sentido Consolação da via.
O grupo encerrou o ato no Largo São Francisco, onde aconteceu uma apresentação musical. No horário, a Polícia Militar dizia que 4 mil pessoas participavam do protesto -número menor que o divulgado pela organização, que é de 20 mil participantes.
A concentração começou por volta das 14h no Masp, onde os ativistas fizeram cartazes e desenhos relacionados ao tema. Após o início da caminhada, seguiram para a Rua Augusta, entraram na Rua Dona Antônia de Queirós e viraram na Rua da Consolação. Depois, seguiram até o Viaduto do Chá e, por vias do Centro, chegaram ao largo.
O cartunista Laerte participou do ato. “A marcha é uma demonstração de força e uma celebração das conquistas”, afirmou. Ele disse ser a favor da legalização de todas as drogas, “já pensando em um segundo momento, que seria o controle e a assistência aos dependentes”. “A proibição é que provoca todo drama e tragédia, afetando os mais pobres e marginalizados”, completou.
Segundo a organização, a ideia da marcha é que as pessoas enxerguem a maconha como “normal”, como o álcool e o cigarro.
Bruno Bueno, militante LGBT e a favor da legalização da maconha, disse que a marcha deste ano está "muito maior". Ele acredita que a "guerra às drogas só faz a polícia se armar mais e o tráfico também".
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu o direito de cidadãos realizarem manifestações pela legalização de drogas em todo o Brasil. Por unanimidade dos oito ministros que participaram do julgamento, o STF decidiu que a Justiça não poderá proibir protestos e eventos públicos, como as marchas da maconha.
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