O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato em primeira instância, foi ovacionado nesta quinta-feira (14) em uma livraria durante uma sessão de autógrafos de um livro em São Paulo.
Moro participou do evento pois sua mulher, a advogada Rosângela Moro, escreveu o prefácio do livro "Bem-Vindo ao Inferno", do jornalista Cláudio Julio Tognoli. O livro narra a história de Vana Lopes, uma das vítimas do médico Roger Abdelmassih, que condenado a 278 de prisão por 48 abusos sexuais em 37 clientes.
Ao chegar no local, manifestantes que pediam o aprofundamento das investigações da Lava Jato e o impeachment da presidente Dilma Rousseff, começaram a cantar o hino nacional e gritar "Fora PT".
Ao ser questionado por jornalistas, Moro disse que não se considera um herói. Ele, no entanto, disse que "é importante ter o apoio da população". "Eu fico feliz com essa recepção, mas não quero ser o foco da atenção", completou.
Em março, Moro recebeu o prêmio do jornal "O Globo" “Faz Diferença” de “Personalidade do Ano" por conta de seu trabalho na Operação Lava-Jato. Na ocasião, o magistrado afirmou que não vê a corrupção como um problema "insuperável".
"A democracia brasileira já enfrentou desafios muitos maiores no passado [...] A corrupção é apenas mais um problema que dentro de um sistema democrático não vejo nenhum problema como insuperável. Com o apoio das instituições democráticas e da sociedade, acredito que vamos conseguir superar esse problema com tranquilidade", afirmou.
Perfil
Sergio Fernando Moro, 42 anos, titular da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba/PR, atualmente à frente daquele que já é considerado um dos maiores casos de corrupção no país: a Operação Lava Jato, que apura suposto cartel entre empreiteiras para fraudar licitações e obter contratos na Petrobras, mediante pagamento de propina a agentes públicos.
Sergio Fernando Moro, 42 anos, titular da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba/PR, atualmente à frente daquele que já é considerado um dos maiores casos de corrupção no país: a Operação Lava Jato, que apura suposto cartel entre empreiteiras para fraudar licitações e obter contratos na Petrobras, mediante pagamento de propina a agentes públicos.
Formado pela Universidade Estadual de Maringá em 1995, Moro fez concurso e tornou-se juiz federal um ano depois. Em 1998, cursou programa para instrução de advogados na escola de direito da Universidade de Harvard, considerada a melhor do mundo. Além disso, ele é mestre e doutor pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e desde 2007 é professor adjunto da UFPR.
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