Reprodução Daily Mail
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O ator britânico Michael Enright, de 51 anos, partiu para a Síria para se juntar ao combate contra o Estado Islâmico (EI). O britânico, que entrou no filme "Pirata das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto", juntou-se às Unidades de Proteção Popular, as milícias curdas que combatem o EI. "Chegou a um ponto em que quero que sejam aniquilados", revelou Enright ao jornal britânico Daily Mail.
Depois do 11 de Setembro, Michael Enright quis alistar-se na tropa norte-americana com o objetivo de partir para o Afeganistão. Na altura, os amigos demoveram-no da ideia. Desta vez, o vídeo revelado em janeiro deste ano, que mostra a imolação do piloto jordano Muaz al Kasaesbeh foi decisivo. "O EI é uma abominação. Isto é um chamamento para a humanidade, é um chamamento para toda a gente, para que façam o que possam, da maneira que possam." E não revelou a ninguém a intenção se juntar ao combate curdo, para evitar que o tentassem convencer a ficar.
Enright entrou em contacto com um militar britânico que esteve destacado no Iraque, e que desenvolveu o contacto entre o ator e a milícia curda. Já na Síria, recebeu treino básico das Unidades de Ação Popular durante dois meses. O britânico juntou-se a um grupo de 30 ocidentais que, além do treino físico, tiveram de aprender a montar e desmontar uma kalashnikov (AK 47) de olhos vendados. Agora, usa o uniforme 24 horas por dia e dorme de kalashnikov "A minha chama-se Olga, porque é da Roménia. É a minha companheira constante, portanto resolvi dar-lhe um nome."
Aos vídeos que mostravam as decapitações de ocidentais feitas pelo EI, junta-se outro fator que despertou o desejo de partir. "Havia um inglês, que tinha um sotaque britânico" referindo-se a Jihadi John, o inglês que combate nas fileiras do EI. "Isso tocou-me pessoalmente, de forma muito profunda." Michael Enright deixa críticas à Grã-Bretanha por não se juntar à luta contra o autoproclamado Estado Islâmico, e diz que se sente em dívida para com os Estados Unidos, "que me recebeu com os dois braços abertos". Aos 19 anos, o britânico deixou para trás a zona inglesa de Manchester, de onde é natural, e partiu para os EUA em busca de uma oportunidade na sétima arte.
Até agora, uma das missões que protagonizou foi estar cerca de um mês na linha da frente de guerra. "Quando estás de guarda, sabes que a única coisa que separa a civilização do Estado Islâmico és tu e a tua kalashnikov. Queres vê-los, mas não queres que te vejam." Michael Enright diz que não pretende voltar tão depressa. "Estou muito feliz por estar aqui". E sobre a possibilidade de ser capturado pelo EI, ressalva que "uma bala está guardada" para evitar ser torturado ou executado.
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