- 09/11/2017
Para os maluquetes que foram às ruas gritar “é
golpe, é golpe”, o PT agora reponde com aliança com o PMDB golpista em
pelos menos seis estados: Alagoas, Ceará, Piauí, Sergipe, Minas Gerais e
Paraná com o aval de Lula, que, com isso, acha que pode tirar o partido
do esgoto, onde ambos os partidos estão metidos. Essa aliança justifica
o silêncio do Partido dos Trabalhadores as mazelas do governo Temer e a
negociata do patrimônio brasileiro como a Eletrobras, a maior holding
de energia elétrica do Planeta que, certamente, cairá nas mãos dos
chineses.
Esses mesmos maluquetes que se esgoelaram para
denunciar o “golpe”, estão passivos diante da liquidação das empresas
brasileiras que começou com os aeroportos e estão chegando ao patrimônio
estratégico do país, como o setor de energia – hidrelétrico e
petrolífero. Este ano, os chineses já investiram 8,5 bilhões de dólares
em empresas brasileiras, participando com 12% de todos os leilões
realizados até agora. Mas, na verdade, os olhos chineses visam o domínio
energético, estratégico em qualquer nação. De uma só tacada eles
compraram quatro usinas hidrelétricas este ano.
O grupo chinês Spic pagou apenas pela usina São
Simão, da Cemig, 7 bilhões de reais no pregão. Eles também se movimentam
para arrematar as áreas mais promissoras de petróleo nas bacias
produtoras do Brasil. De 2009 a 2016, a fatia de participação dos
chineses nas compras e fusões em empresas brasileiras nunca havia
ultrapassado os 4%. Mas, este ano, 35% do valor gasto pelos estrangeiros
no Brasil vieram do bolso dos chineses.
E os maluquetes? Continuam silenciosos. Apenas
para lembrar, na eleição que disputou com Lula, Geraldo Alckmin chegou
até se fantasiar de estatal (portava as logomarcas das grandes empresas
estatais na camisa) para negar que iria privatizá-las, como alardeava o
Lula nos seus programas eleitorais. Descobriu-se, depois, que o PT tinha
um interesse peculiar para defender essas empresas: roubá-las. E assim
os militantes fizeram durante quatorze anos, saqueando os cofres da
Petrobrás, da Eletrobras e de empresas termonucleares, apenas para citar
algumas.
E os maluquetes? Durante todo esse período, os
maluquetes também se locupletaram da baderna financeira. A República
Sindical ocupou postos estratégicos nas empresas estatais e de lá saíram
com as burras cheias de dinheiro. Muitos estão em cana. Um deles, o
Vaccari, ex-tesoureiro do PT, acaba de sofrer um revés. Viu os
desembargadores gaúchos dobrarem a sua pena. Para quem já se achava com
os pés fora do presídio, não deixa de ser um balde de água fria nas suas
pretensões de liberdade. A expectativa agora é de delação.
E os chineses? Sim, os chineses. No governo de
Temer, os chineses estão deitando na sopa porque conhecem a dificuldade
financeira do Brasil para fechar suas contas. Por isso pretendem ampliar
“legalmente” o espaço deles nesse setor: o de energia. A exemplo do que
aconteceu com as rodovias brasileiras que pioraram com a privatização –
algumas delas até foram devolvidas ao governo -, não existe nenhuma
garantia dos chineses de grandes investimentos no setor hidrelétrico.
Além disso, não é correto o país entregar seu patrimônio estratégico
(segurança nacional) a estrangeiros, sujeito a um apagão numa situação
de conflito.
Isso ocorre, evidentemente, porque o Temer é o
governo do faz de conta. Ele senta na cadeira de presidente, mas quem
manda na economia é o Henrique Meirelles, o banqueiro, fantasiado de
liberal e boa “gente” que está liquidando o país em nome da recuperação
econômica e da inflação controlada. Só um idiota não percebe que
Meirelles transformou o Brasil em um balcão de negócios, onde a voz mais
ouvida é a do “quem dá mais” do leiloeiro. Para o Temer, que governa,
mas não manda, o importante é se segurar na cadeira de presidente mesmo
que para isso transforme-se no governo mais “entreguista” desse século.
Para quem nunca imaginou chegar à presidência da república pelo voto, tudo é lucro para ele e seus asseclas. E lucro mesmo!
Ah, e os maluquetes? Continuam dormindo. Quando acordarem, vão descobrir, espantados, que nunca passaram de massa de manobra.
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