MINISTRO DO STF PREFERIU FALAR DA SIMPLICIDADE DO AMIGO TEORI
Publicado: 21 de janeiro de 2017 às 12:00 - Atualizado às 20:22
TOFFOLI ELOGIOU TEORI (FOTO: FELLIPE SAMPAIO/STF)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli disse que não é o momento de se conversar sobre quem herdará a relatoria da Lava Jato na corte com a morte de Teori Zavascki. A declaração foi dada durante o velório do colega de Corte, na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), na manhã deste sábado, em Porto Alegre-RS.
Em sua breve fala, Toffoli comentou que o ministro Teori será lembrado pela simplicidade e humildade. "É uma perda pessoal que nos abala muito. Eu vim dar um beijo em um grande amigo", comentou Dias Toffoli, sobre o colega morto em queda de avião na quinta-feira (19).
Já o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo de Tarso Vieira Sanseverino comentou que a vida de Teori é "um exemplo que indica como deve proceder um magistrado nas altas funções da República". Questionado, ele disse ser da opinião de que a relatoria da Lava Jato deveria ser redistribuída entre os atuais ministros do STF. "Não se deve deixar a relatoria para o novo ministro que vai assumir. Seria uma situação política extremamente delicada. Vários senadores estão sendo investigados na Lava Jato. Isso criaria uma situação embaraçosa politicamente com as pessoas que vão ser julgadas analisando o futuro julgador", afirmou.
Perguntado sobre a possibilidade de a presidente do STF, Cármen Lúcia, assumir a homologação das delações premiadas da Odebrecht que estava sendo feita por Teori, Sanseverino disse que seria preciso analisar bem o regimento interno da corte, mas pensa que "seria uma solução bem razoável". (AE)
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