sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

GDF não paga obra e ampliação do Hospital da Criança pode parar




Felipe Menezes/Metrópoles


Entidade que constrói o Bloco 2 afirma não ter recebido R$ 40 milhões do GDF nos dois anos da gestão Rollemberg e ameaça suspender a obra



As obras do Bloco 2 do Hospital da Criança José Alencar estão ameaçadas. A Organização Mundial da Família (OMF), responsável por construir o prédio, não recebeu os R$ 40 milhões que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem que repassar para a conclusão do empreendimento. E, caso o valor não seja pago até a próxima quarta-feira (1º/2), a entidade afirma que não poderá dar prosseguimento à construção do edifício, que prevê 202 leitos de internação, sendo 40 unidades de terapia intensiva para o tratamento de câncer.
A OMF, ligada à organização internacional World Family Organization, com sede na França, nunca recebeu verba alguma da gestão Rodrigo Rollemberg (PSB). O valor total da obra chega aos R$ 82 milhões. Os primeiros R$ 42 milhões foram pagos em 2013, ainda no governo Agnelo Queiroz (PT). No entanto, à época faltava a preparação do terreno para que as obras começassem, o que só ocorreu em julho de 2015.

Em seis meses, cerca de 300  funcionários contratados pela OMF trabalharam para erguer as paredes e fazer, em tempo recorde, o empreendimento com 21 mil metros quadrados, dois pavimentos, 67 consultórios ambulatoriais, centro cirúrgico e centro de diagnóstico, entre outras instalações. No entanto, com cerca de 55% da obra concluídos, o dinheiro acabou. Por meio de nota, a OMF comentou a situação. 
Era uma obra para ser terminada em 18 meses e já tem cinco anos. Não temos mais como arcar. Se não recebermos até quarta-feira, a obra para e fica difícil retomar os trabalhos"
Nota da Organização Mundial da Família (OMF)
Visita do governadorEm 13 de janeiro deste ano, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) visitou o canteiro de obras do Bloco 2, atrás do Bloco 1 do Hospital da Criança, acompanhado do ministro da Saúde, Ricardo Barros, para comemorar o andamento célere da construção. Naquele dia, prometeu que o prédio ficaria pronto em 21 de abril, aniversário de Brasília.
Na ocasião, o ministro reiterou o compromisso de disponibilizar R$ 4 milhões para a compra de equipamentos quando o local ficar pronto. Até então, os problemas financeiros do empreendimento não eram de conhecimento público. 

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