quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

EX-GERENTE DE REFINARIA DA PETROBRAS É INDICIADO PELA POLÍCIA FEDERAL





LAVA JATO

LEGATTI É ACUSADO DE CORRUPÇÃO NA REFINARIA DE ABREU E LIMA
Publicado: 04 de janeiro de 2017 às 16:57 - Atualizado às 20:57


O EX-GERENTE DA REFINARIA DE ABREU E LIMA PROCUROU A FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO NO INÍCIO DE NOVEMBRO PARA PRESTAR ‘ESCLARECIMENTOS DE FORMA ESPONTÂNEA’ (FOTO: REPRODUÇÃO)



A Polícia Federal indiciou o ex-gerente da Refinaria de Abreu e Lima (RNEST) Glauco Legatti por corrupção passiva e organização criminosa. Abreu e Lima, perto do Recife, foi o primeiro alvo da Operação Lava Jato no âmbito da Petrobras. A investigação apontou um superfaturamento bilionário.
O indiciamento de Legatti se refere a ‘crimes de corrupção passiva, por ter recebido vantagem indevida alcançada pela Galvão Engenharia, em razão da sua função como gerente da RNEST, e de pertinência a organização criminosa’.
O lobista Shinko Nakandakari, apontado como operador de propinas, e o executivo Erton Medeiros Fonseca, ligado à Galvão Engenharia, também foram indiciados – pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Legatti procurou a força-tarefa da Lava Jato no início de novembro para prestar ‘esclarecimentos de forma espontânea’, após ter sua tentativa de delação premiada frustrada. O ex-gerente da refinaria confessou ter recebido propina da Odebrecht e de Shinko Nakandakari e entregou documentos que comprovariam suas declarações.
 “Glauco Legatti, em sua reinquiricão, confessou espontaneamente o recebimento de recursos alcançados por Shinko Nakandakari. Afirmou que, por volta de 2013, Shinko lhe entregou uma caixa de whisky com dinheiro dentro; que a oferta em questão estava associada a obtenção de benesses em favor da Galvão Engenharia no âmbito do projeto RNEST. Que a entrega de dinheiro ocorreu mais duas vezes, no mesmo modus operandi (dentro de caixa, em um hotel). Nega, contudo, ter recebido o total informado por Shinko (R$ 400 mil), afirmando que recebeu um valor aproximado de R$ 120 mil, a única aparente discrepância com relação ao relato do colaborador Shinko”, afirma o documento.
“Os pagamentos teriam ocorrido até 2014, e teriam totalizado US$ 7 milhões. Glauco relatou, ainda, suas atuações em favor da Odebrecht, e que teriam consistido em contrapartida pelos pagamentos”, aponta o despacho subscrito pela delegada federal Renata da Silva Rodrigues, que cita o executivo Rogério Araújo, ligado à Odebrecht. 

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