Uma cidade fantasma. É assim que o brasileiro Paulo Rabaldo, médico do Grêmio, descreve o cenário de Nice após o atentado que matou mais de 80 pessoas e feriu mais de 120, de acordo com autoridades francesas.
Rabaldo passa as férias com a família na França e estava jantando em um restaurante próximo à orla de Nice, a cerca de um quilômetro do local onde ocorreu o ataque. O médico estava com seus três filhos quando começou uma correria no local e fecharam o estabelecimento. De acordo com Rabaldo, um grande aparato de segurança tomou conta da cidade após o atentado.
— Nice é uma cidade turística, badalada, banhada pelo Mar Mediterrâneo, mas o cenário hoje é totalmente diferente. As ruas estão vazias. Um toque de recolher foi decretado. Só o que ouvimos são sirenes de carros de polícia, ambulâncias e caminhões de bombeiros. Isso é assustador — descreve.
Paulo Rabaldo disse que por pouco sua família não se juntou às vítimas. Eles planejavam ir à praia após o jantar para observar os fogos de artifício em comemoração ao Dia da Bastilha, celebrado em 14 de julho.
— Acabamos nos atrasando no jantar, isso atrapalhou nossos planos iniciais de acompanhar o foguetório, mas salvou nossas vidas, graças a Deus — afirmou.
Rabaldo disse que o clima na cidade francesa é de velório. Segundo ele, a cidade está "muda". Uma de suas filhas, que mora na Europa, correu pela beira da praia, local do atentado, cerca de 30 minutos antes da tragédia.
— Ela está chocada. Disse que pode ter passado por diversas vítimas enquanto percorria a orla.
Paulo Rabaldo e seus outros dois filhos retornam para o Brasil no sábado.
— Estamos trancados em casa e rezando pelas famílias das vítimas — completou.
Até o momento, 77 mortes foram confirmadas neste que é o segundo atentado mais sangrento cometido na Europa nos últimos anos, superado apenas pelos ataques em Paris, em novembro de 2015, com 130 mortos.
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