segunda-feira, 4 de maio de 2015

Presidente do Banco Central pode ter de explicar 'pedalada fiscal' na Câmara

Depois de levar Joaquim Levy para audiência na Câmara, deputado tucano vai propor convocação de Tombini


Depois de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, o próximo integrante da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) que deve ser sabatinado por parlamentares da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara é Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC).
A tentativa de levar Tombini para a Câmara será feita no início desta semana pelo deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS). A proposta será apresentada para a Comissão de Finanças e Tributação na terça-feira (5).
O parlamentar, que apertou Levy durante audiência da última quarta-feira (29), defende que Tombini seja ouvido pela Comissão da Camara para explicar a "pedalada fiscal" feita pelo governo no ano passado, conforme mostrou o Tribunal de Contas da União (TCU). A manobra contábil, utilizada pelo governo em 2014 e que envolveu o montante de R$ 40 bilhões, permitia melhorar as contas do governo com o uso do caixa de bancos públicos.
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Marchezan diz que as respostas de Levy não foram claras sobre a manobra fiscal feita pelo governo. "Eu fiz três vezes a mesma pergunta. Ele poderia explicar se o Banco Central tem ferramentas para fazer o controle desse tipo de operação. Ele tentou proteger o governo dele e eu tentei dar transparência aos atos", diz Marchezan.
A manobra fiscal foi feita em 2014, quando o titular da Fazenda era Guido Mantega. Como Mantega deixou o governo, não pode ser convocado, apenas convidado pelos parlamentares a explicar como foi feita a operação de uso de recursos do caixa dos bancos públicos para pagar despesas relacionadas a benefícios sociais.
 Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
José Cruz/ABr
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central

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